Estimulação musical do bebê

Estimulação musical do bebê

Estimulação musical do bebê

O bebê passa a reagir ao ambiente que habita a partir do terceiro mês de vida, segundo estudos. A interação verbal, canto ou fala, dirigidos a ele são muito importantes, pois podem influenciar na comunicação e relação com seus responsáveis. Os aspectos melódicos, tanto da fala quanto da canção são aspectos marcantes que constituem a base da percepção musical no início da vida, pois o bebê pode não compreender as palavras, mas reconhece, instintivamente, que são direcionadas a ele.

A música, nesta fase, tem grande importância, uma vez que além de estimular o sono, ainda entretém a criança. O desenvolvimento cognitivo-musical (percepção, raciocínio, linguagem) normalmente está associado a diversas funções psicossociais, tais como comunicação e a emoção entre crianças e adultos.

Existem as canções de ninar e as de brincar; um dos fatores que as diferenciam é o ritmo. Canções de brincar são, geralmente, mais rápidas, uma vez que sua função é estimular brincadeiras e contêm, em suas letras, jogos de palavras e sugestões de movimentos, o que auxilia a no desenvolvimento da percepção auditiva, coordenação motora, sociabilidade, linguagem e musicalidade do bebê. As canções de ninar, por sua vez, são mais lentas, devido sua função de estimular o sono e acalmar a criança.

Esses momentos são muito importantes e, por isso, é preciso que as aulas de musicalização incluam momentos tanto de brincadeiras quanto de relaxamento. Bebês são ouvintes eficientes e a música é bastante relevante para o seu desenvolvimento, sendo que as competências musicais infantis começam a ser exploradas nos programas de ensino de música para bebês.

As aulas de musicalização têm diversos objetivos: musicais, de socialização, estímulo à fala, ligação afetiva entre as crianças e seus responsáveis, desenvolvimento das habilidades perceptivo-musicais, além do auditivo, motor, cognitivo, social, da atenção, da memória, sistemas de ordenação sequencial e espacial. Ajuda, também, a fortalecer a relação afetiva entre as pessoas.

Estudos sobre aquisição da linguagem revelam que brincadeiras, como as parlendas, por exemplo, podem desempenhar papéis importantes no campo cognitivo dos bebês. A educação musical para crianças de idades entre 0 e 4 anos deve ser tratada com muita competência e cuidado, uma vez que podem direcionar a vida musical e estimular a fala.

Em relação ao ensino de música para crianças com até 2 anos de idade, as aulas consistem na sensibilização musical por meio de atividades práticas envolvendo canto, movimento, improvisação, execução musical, jogos e brincadeiras, resgatando o nosso patrimônio cultural através de rimas, lendas, parlendas, cantigas folclóricas, canções de ninar e de várias partes do mundo, obras de música erudita e canções inventadas, sempre respeitando o desenvolvimento físico, motor e cognitivo-musical das crianças participantes. Essas aulas contêm, também, momentos livres, para que os pais possam brincar e interagir com seus filhos, além de promover a socialização dos pequenos.

Nossa referência bibliográfica e para saber mais, indicamos:

ILARI, Beatriz. Bebês também entendem de música: a percepção e a cognição musical no

primeiro ano de vida. In: Revista da ABEM, Porto Alegre, 2002.

BELINTANE, C. Vamos todos cirandar. In: Revista Mente e cérebro: A mente do bebê. São

Paulo, 2006.

SUZIGAN, Geraldo de Oliveira & SUZIGAN, Maria Lucia Cruz. Educação Musical – Um

fator preponderante na construção do ser. São Paulo: G4 Editora, 2003.

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