
Shantala
Shantala é uma massagem milenar indiana que foi observada pelo médico francês Frédérick Leboyer em sua viajem pela Índia, quando se deparou com uma mulher massageando seu bebê. Seu nome era Shantala.
O médio pediu para registrar esta técnica e durante dias acompanhou a massagem de Shantala em seu bebê, captando cada movimento por meio de fotos e vídeos, esforçando-se ao máximo para capturar, também, a profundidade e o amor envolvidos no processo.
Esta massagem consiste em movimentos lentos para acariciar a pele e alongar o bebê. Entre seus benefícios, temos:
- O relaxamento e melhora na qualidade do sono;
- Melhora das funções intestinais, diminuindo os gases e cólicas;
- Melhora do desenvolvimento psicomotor;
- Alonga e ativa a circulação.
No ocidente, a massagem foi batizada de Shantala, em homenagem à mulher que apresentou essa técnica ao doutor. Na Índia não possui nome específico, por se tratar de uma atividade rotineira dos cuidados com o bebê. Tem se tornado popular em todo o mundo, principalmente pelas descobertas e comprovação de seus benefícios.
Mas por que Shantala é importante?
Apesar da rotina agitada, em que mal encontramos tempo para relaxar, as pessoas se perguntam qual a real ‘vantagem’ dessa técnica. Acredito na Shantala e na importância de pequenos, mas significantes, gestos de amor. Entendo que, assim como a amamentação, essa massagem é uma das formas mais efetivas de criarmos crianças mais felizes e, consequentemente, sociedades mais pacíficas.
Este momento é cercado de afeto, com o qual nutrimos a alma de nossos bebês e estreitamos nossos laços. Um dos principais benefícios dessa técnica é justamente o fortalecimento do vínculo entre mãe e filho, além da transmissão de segurança e afeto.
Esta prática custa praticamente nada e tem muitos benefícios, além de poder ser realizada tanto com bebês pequenos quanto com crianças maiorzinhas e até adultos (de forma adaptada)!
Existem várias formas de praticar a Shantala; a indicada por Leboyer, realizada com óleos vegetais antes do banho, a tradicional e a de cada mãe. É importante perceber como seu bebê se sente mais a vontade!
Acredito que a qualidade do cuidado tem importância muito maior do que a quantidade.
Com carinho,
Dra. Lu.
Referência e para saber mais:
LEBOYER, F. Shantala, massagem para bebês: uma arte tradicional. São Paulo: Ground, 1995.