Rick and Morty é a melhor animação de todos os tempos. Saiba o porquê.

Rick and Morty é a melhor animação de todos os tempos. Saiba o porquê.

“Boom! A grande revelação. Eu me transformei em um picles” (Rick)

 

Rick and Morty é uma série de animação norte-americana de comédia e ficção científica criada por Justin Roiland e Dan Harmon pela empresa Adult Swim. A série estreou no ano de 2013 e nesse mês de junho de 2021 são lançados os episódios da 5ª temporada. Certamente não é uma animação para todos os públicos, mas a qualidade do roteiro, das narrativas, das piadas e das loucuras surpreendentes de cada episódio são um prato cheio para quem gosta do gênero.

Antes de mais nada, é preciso aconselhar aqueles que vão iniciar na série que é preciso um pouco de persistência no início. O primeiro episódio tem início com Rick, um velhote bêbado, entrando bruscamente no quarto de Morty, seu neto de 14 anos, derrubando bebida por todo lado e arrastando o menino para fora da cama pelo pé. Eles aparecem em uma nave especial em péssimo estado e um diálogo constrangedor acontece enquanto Rick ameaça destruir toda a humanidade com uma bomba de neutrinos. Morty convence Rick a pousar a nave, que desmaia logo em seguida e deixa o menino sozinho com o aviso de “bomba de neutrinos ativada”. Aliás, essa cena terá um easter egg hilário no episódio 4 da 3ª temporada.

Rick and Morty traz inúmeras referências a cultura pop, sendo que os mais conhecidos (talvez) sejam: o “Parque das Bactérias” (Anatomy Park), em referência a Jurassic Park; o episódio com o título em inglês “Total Rickall”, em referência a “Total Recall” (O Vingador do Futuro); o “Olha quem está expurgando”, em referência ao filme “The Purge” (Uma Noite de Crime); o episódio “Rickcurtindo a Pedra”, inteiramente no clima de Mad Max; além da série brincar com super-heróis, o presidente dos Estados Unidos e outras personalidades.

A série ganhou dois Emmys na categoria Outstanding Animated Program. O primeiro foi em 2018 com o episódio 3 da 3ª temporada: “Rick Pepino”. E em 2020 com o episódio 8 da 4ª temporada: “O tanque de ácido” e é sobre ele que vamos falar. Como eu já comentei, é preciso um pouco de persistência no início antes de concordar comigo que Rick and Morty é a melhor animação de todos os tempos. Por isso, faço uma sugestão um tanto arriscada: se você nunca assistiu nenhum episódio, faça a experiência com “O tanque de ácido”, no qual já nos primeiros minutos é possível ter ideia sobre como funciona o relacionamento entre os protagonistas, que terminam uma discussão com Morty dizendo que não pode demorar porque tem lição de inglês e Rick responde: “Você ainda estuda inglês? É a língua que você fala! Você é tão burro assim?”, mostrando sua arrogância e o desprezo por tudo o que menino faz. Em seguida, o episódio narra uma incrível história ao estilo Vivos, aquele filme sobre o acidente de avião na Cordilheira dos Andes. O episódio demonstra toda a criatividade e genialidade da série, surpreendendo ao final, como sempre.

Rick and Morty é uma série que aproveita ao máximo as possibilidades do que se pode criar em uma animação. Explorando o conceito de multiverso, não há limites para o que pode acontecer. A história é muito completa, possibilitando referências até mesmo a episódios anteriores. No episódio 2 da 2º temporada, “Expresso da meia-noite”, por exemplo, enquanto a narrativa principal acontece em primeiro plano, o episódio faz uma referência muito discreta ao Mr. Meeseeks, personagens que têm episódio próprio na 1ª temporada e aparece com frequência daí em diante. O interessante é que a referência acontece em meio a muita informação ao fundo da cena. Por isso, vale muito a pena assistir mais uma vez cada episódio.

As quatro primeiras temporadas de Rick and Morty estão disponíveis na Netflix. A quinta temporada está sendo exibida nos Estados Unidos pelo canal da produtora Adult Swim. No Brasil, uma postagem no Twitter de interação entre a Warner Channel Brasil e a HBO Max Brasil, indica que logo a séria está disponível nessas plataformas.

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