Seja parte da história em A Linha

Seja parte da história em A Linha

Algumas histórias de amor tocam você e algumas você pode tocar

Uma obra premiada

Quem nunca sonhou em viver uma história de amor? Esse é um tema recorrente em filmes, livros, séries e jogos, seja qual for o gênero. Pode ser um casal apaixonado no filme de terror, o amor que dá coragem ao protagonista do filme de ação ou mesmo as enrascadas em que se colocam as personagens apaixonadas da comédia. E se falar de amor é tão envolvente, imagine personagens que são perfeitos um para o outro, mas que relutam em superar suas próprias limitações e viver uma história de amor, e tudo isso narrado com o uso da tecnologia para possibilitar sua participação diretamente na obra, fazendo com que você seja mais do que mero espectador.

A Linha (The Line VR)

Essa é a proposta de A Linha, uma narrativa interativa em realidade virtual (VR), totalmente pensada e desenvolvida para ser contada neste formato, que conquistou o Primetime Emmy Awards, principal prêmio internacional dado a obras e profissionais da indústria televisiva.

A obra inova ao permitir que o usuário interaja com a experiência usando o próprio corpo ao invés de controles e é uma porta de entrada para o grande público experimentar a tecnologia de VR. A narração em inglês é feita pelo ator Rodrigo Santoro para quem a obra “é uma experiência em que não há barreiras, você está nela, e que faz você se sentir parte dela”. A obra é a primeira experiência lançada comercialmente para Oculus Quest a usar o novo recurso de rastreamento de mãos (hand tracking), ampliando a imersão do usuário e seu senso de participação na trama.

Você já sentiu como se estivesse vivendo uma repetição?

Com uma tecnologia inovadora, a narrativa também surpreende pela profundidade da proposta do roteiro, que se passa em uma versão em miniatura de São Paulo nos anos 1940, um cenário encantador em que Pedro, um entregador de jornais, repete todos os dias o mesmo percurso durante seu trabalho. A cada ciclo, porém, o personagem permite a si mesmo uma pequena escapada para colher uma flor amarela e deixar, anonimamente, para Rosa, a florista. Tudo acontece sempre da mesma forma até que as rosas amarelas acabam. Pedro então é forçado a enfrentar seu maior medo: escolher um outro caminho para tentar encontrar novas flores. Essa pequena e ousada atitude revira totalmente o universo particular de Pedro, que passa a enxergar seu mundo sob uma perspectiva diferente e carrega o usuário sutilmente para o meio de um grande impasse criado pela mudança na rotina.

Trilha sonora com ritmo brasileiro

A Linha apresenta diversas referências à cultura do Brasil, inclusive à música. A trilha sonora original tem assinatura de Gilson Fukushima e Ruben Feffer, que compôs com Gustavo Kurlat a trilha do longa de animação “O Menino e o Mundo”, indicado ao Oscar em 2016.

O compositor da trilha sonora, Ruben Feffer, em entrevista ao blog “Entretenimento e Cultura Pop” falou sobre o projeto e o impacto que o prêmio traz para o mercado audiovisual.

Luís Gustavo - Como o prêmio pode influenciar na visibilidade das próximas produções nacionais na área?

Ruben Feffer - Com certeza, o mundo inteiro vai ficar de olho no Brasil, se perguntando: “quem fez esse projeto?”, “como foi feito?”, “o que mais eles fazem?”, como e por que o Brasil tem se destacado em eventos e premiações internacionais dos mercados de animação e tecnologia/VR? E no Brasil entidades como a associação XRBR, que juntam diversas empresas do setor, ajudarão ainda mais nessa alavancagem. Ganha o mercado audiovisual interativo, ganha o Brasil.

Luís Gustavo - Qual a importância da obra para o desenvolvimento de novas tecnologias no setor artístico brasileiro?

Ruben Feffer - Acredito que essa obra é um marco da transição do meio VR de entretenimento/diversão para possibilidades narrativas mais poéticas ou emocionais, e muita gente hoje que faria mais uma serie de tv ou filme poderá se inspirar e criar histórias e universos para o meio virtual/imersivo.

Luís Gustavo - Como foi o processo de escolha do chorinho brasileiro para retratar a cidade de São Paulo na década de 1940?

Ruben Feffer - Desde o início, o diretor (Ricardo Laganaro) já tinha em mente que faria sentido esse estilo musical por ser referente a época e local retratados. Existia um protótipo bem preliminar com uma trilha referência com um chorinho existente, mas logo no início decidimos fazer algo inédito, 100% customizado para o projeto. O Gilson Fukushima (co-compositor) tinha uma ideia de um tema que encaixou perfeitamente, e a partir disso fizemos vários ajustes e versões para contemplar os diversos momentos (e cargas emocionais e narrativas) que vão acontecendo na experiencia.

A cerimônia de premiação será realizada virtualmente no dia 17 de setembro de 2020 e terá transmissão em www.emmys.com. A Linha tem direção de Ricardo Laganaro, produção do estúdio ARVORE, vozes de Rodrigo Santoro (inglês) e Simone Kliass (português). Mais informações estão disponíveis nos perfis do Facebook, Instagram e Twitter.

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