AFINAL, ONDE ESTAVA HILARY?

AFINAL, ONDE ESTAVA HILARY?


(O BOCA DO INFERNO - DIRETO DA TOCA DO JERRY)

Onde estava Hilary Clinton ontem? 
Tom pegou Jerry pelo pé, só Jerry não viu. 
Tom empurrou Jerry para a armadilha: engolir seu discurso jocoso, acusador e, por isso mesmo, atirá-lo na defesa, só Jerry não viu.
Hilary omitiu-se na derrota, escondeu-se debaixo da cama, quando Trump entrou arrombando a porta. Não teve a coragem de uma estadista, a de aplaudir seus torcedores, os que criam nela. Deveria aprender com os times de futebol, virar-se para a plateia e agradecer.
Hilary já estava derrotada antes das votações. Os institutos de pesquisas distorceram os números para ajudá-la, porque não pode haver tanta incompetência de tanta gente assim em um país tão desenvolvido. 
As pesquisas não funcionam talvez porque o pesquisador não faz a pergunta certa ou interpreta mal os números. Come a sopa apenas num determinado botequim, esquece-se de que há restaurantes em que a classe média se mata por um prato de comida.
Hilary sentou-se em cima do regulamento, como qualquer timeco de várzea, com medo de perder o campeonato. Não deu certo. O outro time não cria em derrota antes de terminar o jogo. Jogou duro, deu pontapé, deu carrinho, comeu a grama, fez de tudo: condenável ou não faz parte da guerra. Ambos querem o poder. Dinheiro se ganha com poder e influência.
A mulher, que perdoou o marido adúltero, perdeu justamente para um marido adúltero e também especialista em se equilibrar sobre a corda bamba: ambos acusados de mentir sobre atos de alcova e atos de corrupção. Iguais até mesmo na cara de pau. Ambos partes de uma vergonha que o sonho americano acalenta, mas esconde hipocritamente.
Falava-se sobre uma maioria silenciosa que elegeu Trump. Como silenciosa, se as urnas mostraram o grito? A maioria silenciosa gritava nos comícios, acotovelava-se para ver o "homem desacreditado" em quem acreditavam, porém os ouvidos intelectuais da turma democrata não ouviu, acostumada com o discurso intelectual de Obama. Ouviu apenas uma imprensa parcial que, na sua maioria, abominava um louco tupetudo e falastrão. 
No Brasil, por muito tempo, tupetudo significava desafiador. Foi isso que Trump fez, desafiou Hilary para a dança e ela caiu com um patinho, dançou. Dançou mesmo. Obama jamais entraria no jogo sujo da acusação, do xingamento. Obama é, de fato, um estadista.
Foi na tosca armadilha criada por Tom que Jerry caiu: os democratas caíram fácil, a soberba os tornou cegos. Hilary é arrogância pura. Jogou de salto alto num campo de barro. Um boquirroto pode desqualificar qualquer um, fazer propostas absurdas, porque será visto como um ser folclórico. Na boca de uma mulher intelectual que só se defende, quando começa a xingar, passa a noção de desvario, de desespero.
A campanha de Hilary poderia ser chamada de o ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA. Comemorou a vitória antes mesmo de o jogo ter acabado. 
O boquirroto versus a mentirosa. Tom falou para os conservadores e os desesperados na linguagem que eles entendiam. Deu-lhes esperanças. Aconteceu o mesmo com Lula no Brasil. Hilary, com seu discurso brando, irônico e intelectual, só falou para os bem informados, os jovens leitores do Times. Esqueceu-se dos indecisos e dos que odiavam a sua soberba. Aconteceu o mesmo com Aécio no Brasil. 
Hilary, pelo menos, tiraria o país de uma guerra, ao passo que Trump enfiará o país em uma para manter a tradição republicana de ganhar dinheiro da indústria armamentista e da petrolífera. A guerra do Golfo e do Iraque são exemplos do fiasco americano nas guerras para enfiar goela dos povos areia e Mac Donald's.
Hilary talvez ficasse indiferente ao Brasil, como sempre fizeram os EUA, a não ser quando, por conveniência, financiaram as ditaduras e depois as derrubaram, como fizeram também com Sadam Hussein. Trump está de costas para a América Latrina.
Hilary não seria muito melhor que Trump em vários itens, mas, entre eles, existe um abismo. Ela não é antifeminista, radical, racista, xenófoba e não ama Putim. Não compactuaria com uma Europa xenófoba, muito menos com uma Europa mergulhada em guerras fratricidas. Seu governo, pelo menos, não seria a CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA.
O mundo não está de cabeça para baixo, como dizem os "entendidos", os ouvidos é que estão moucos e os olhos caolhos.
Cuidado: "intelectuais" entregaram uma Alemanha arrasada a Hitler, o discurso dele era muito semelhante ao de Trump; os "intelectuais" entregam um país dividido a Trump e tão carente de identidade, quanto a Alemanha de 39: deu no que deu. A HISTÓRIA SE REPETE COMO FARSA.
Trump quer construir um muro separando os EUA do México, Hilary jamais faria isso, mas não convenceu ninguém. Se ele quiser sugestões sobre construtoras, posso indicar a OAS, a ODEBRECHT...
Faltou a Hilary o "push" de uma Indira Gandhi, de uma Margaret Thatcher, uma Golda Meir, uma Angela Merkel. Faltou-lhe a verve de uma mulher política e não a de uma política mulher.

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