COMENTÁRIOS SOBRE A REDAÇÃO DA FUVEST

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“Educação básica e formação profissional: entre a multitarefa e a reflexão”.

TEMA sobre a educação básica foi ampamente discutido neste ano, devido a polêmicas sobre o "novo ensino médio", aí está o perigo, o candidato enveredar por esse caminho e se esquecer da questão de uma sociedade multitarefas. Seria fuga ao tema, como também o seria discutir a "escravidão moderna", portanto a palavra-chave é a "reflexão". A educação básica no Brasil é caótica, não proporciona ao indivíduo uma formação profissional satifatória diante das necessidades da sociedade cada vez mais mecanizada, em que o aproveitamento do tempo é a necessidade máxima.
COLETÂNEA: A coletânea, muito diversificada, mais dificulta do que ajuda o candidato a desfazer suas dúvidas, apesar das imagens que antecedem os devido ao excesso de informações que se aproximam e distanciam. Podemos imaginar que o texto 3 é uma espécie de síntese dos textos anteriores.
Texto 1: "A multitarefa não é uma capacidade para a qual só seria capaz o homem na sociedade trabalhista e de informação pós-moderna. Trata-se antes de um retrocesso". Este trecho de "A sociedade do cansaço" é um dos mais polêmicos. A multitarefa é um retrocesso, porque a competividade e a canibalização impedem o homem de usufruir dos prazeres de suas conquistas. É ser vítima do que conseguiu a duras penas aprender. O cansaço de estar 24h em estado de alerta para não ser comido. A EDUCAÇÃO BÁSICA PREPARA O ALUNO PARA ENTENDER ESSE MUNDO?
Texto 2: "Ensinar como pode estar bem sozinho, consigo mesmo, significa também se habituar às atividades domésticas e à produção autônoma de muitas coisas que até o momento
comprávamos prontas". Esse é o trecho síntese de "O ócio criativo" de Domenico di Masi. Ele caminha na direção diametralmente oposta à do texto de Byung-Chul Han. A proposta é buscar o ócio para investir em cultura e criatividade, a produtividade viria a partir daí como consequência: "Quanto mais livre, mais penso; quanto mais penso, mais trabalho". É importante que se observe que, neste trecho, o filósofo não se preocupa com o predador.
Texto 3: Os pesquisadores Aline Abbonizio da (UFRRJ) e Elie Ghanem e da (FEUSP) analisam as diferenças entre a educação escolar indígena e a educação escolar convencional: "Além do grande valor atribuído à escola como fator de fortalecimento da língua e da cultura daquele povo, a acentuada integração entre as atividades escolares e as práticas comunitárias.
Essa parte é a mais importante, porque desmonta a ideia de uma sociedade predadora em um mundo competitivo. A educação significa descompromisso com o tempo e compromisso com a preservação da língua.

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