E A FUVEST, HEIN???!!!

E A FUVEST, HEIN???!!!

Enfim, chegou o mais temido vestibular do Brasil, o bicho-papão, e no domingo. Domingo pede cachimbo (os distraídos dizem: “pé de cachimbo”), cuidado com as distrações. Não é uma prova, tem pinta de guilhotina, de repente é um exame do tipo arrasa quarteirão. Domingo é dia de Fuvest: um monte de gente amontoada nas portas dos locais do exame. Papelzinho pra cá, garrafinha com água pra lá. Propaganda aqui, marketing acolá. É um vestibular muito louco. Parece micareta. Há até ambulância na porta. A única coisa certa nesse dia é que alguém chegará atrasado(a). Esbaforido(a). Com a desculpa, sem desculpa, na ponta da língua.

Quando o aluno depositar suas nádegas na carteira, vai perceber que o processo seletivo para a USP começou há muito tempo, só Carolina não viu. Ao abrir a prova, cai o mundo, nasce o vazio do não sei nada, até “matar a primeira questão”. Os melhores, ninguém sabe quem são. Se se planejaram, Organizaram-se. Tiveram as crises existenciais, mas as domaram rápido. Não perderam o sono, porque a matéria está atrasada. Lá vem a Fuvest, descendo a ladeira para os que dão piti na entrada ou escalando o penhasco, para quem já tocou o “dane-se para a concorrência”.

A Fuvest é seletiva mesmo. A seleção começa pelo lugar onde fará a prova. Caiu em escola pública? Ferrou. Com esse calor, sem ventilador, nem operador de pizzaria dá conta. Imagine o concorrente se refestelando no ar-condicionado, enquanto você arruma uma pizza debaixo do braço. A vaga é decidida nos detalhes: o calor é um deles; o frio na barriga, que sobe para a cabeça é outro. Respire fundo, a vaga está logo ali, como aquelas de velhinhos em shopping.

Galera, vou contar uma coisa séria pra vocês: Pra quem fez ENEM, FUVEST é pinto. Primeiro, a prova é bem elaborada; segundo, não há enunciados exageradamente longos; terceiro, as opções não trazem “pegadinhas”; quarto, as questões vão surpreender; por incrível que pareça, é uma prova boa, para os bons, e ruim, para os ruins. Crer na “sorte” é bom, mas sinto dizer que é mais difícil “chutar” entre cinco opções e acertar todas do que ganhar na loteria. Crer em Deus é bom, porém ele não faz a prova. Crer em você é ótimo, se tiver estudado. Vá com fé, juízo e algum conhecimento.

Há duas formas de mandar a Fuvest para aquele lugar: ou se esquecer dela ou falar dela, até que ela se torne uma qualquer. Não entre nessa de perseguidor(ra) de dicas, como se fosse caçador(ra) de Pokémon. Questão de Fuvest só se relaciona com Pokémon por analogia. Acorde: Você já fez provas muito mais difíceis que a da FUVEST. No mais, chegue cedo, entre direto, sente-se, feche os olhos e respire fundo três vezes, repita um mantra (se você não se achar idiota), abra a prova e nunca comece pela matéria que mais sabe, porque nem sempre é a que está mais fácil. Já imaginou o estrago psicológico, se você, de cara, errar duas questões, porque está mais nervoso(a)? Pqp.

Você esperava dicas, certo?

A dica é não ter dicas. Você já fez o que tinha que fazer. Se eu tivesse o gabarito...aí sim teria dicas. Afora isso, tudo o que falam é mera especulação: caiu no ano passado, então vai cair de novo. Raciocine se isso faz sentido? Estressa. Vá dormir, que o sono ensina. E você está cansado(a) de tantos vestibulares. Veja aqui no Instagram meus conselhos sobre o que fazer para aliviar o estresse.

Fuvest não é para amadores. Só isso.

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