ESTAVA ESCONDIDO DENTRO DE UM NEURÔNIO MANCO

ESTAVA ESCONDIDO DENTRO DE UM NEURÔNIO MANCO

(CONTRA O ALZEIMER NACIONAL)

Caros e entediados leitores:

Sugiro lerem a entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) ao Jornal Folha de S. Paulo.

Fernando Henrique enfrentou o movimento "Fora FHC" que alardeou ao mundo o desejo de promover o seu "impeachment". Seu governo também esteve imerso em denúncias de corrupção e ele foi acusado de omissão: "Não roubava, mas deixava roubar".

Não é que o Brasil tenha memória curta. O Brasil tem, no máximo, vaga lembrança. FHC foi acusado de ter também o seu "mensalão". O falecido "Serjão Mota" que o diga. O ex-presidente não caiu, mas o Regresso Nacional deitou e rolou em busca de cargos e mais cargos para apoiá-lo.

Em nome da tal "governabilidade", o presidente cedeu ao pugilato. O nosso Regresso Nacional, lógico, aumentou salários (os próprios), exigiu mais e mais regalias. Infelizmente, virou, mais uma vez, a politicagem do "toma lá, da cá". Nosso país possui graduação e pós graduação nisso.

Lula teve que pedir desculpas públicas ao ex-presidente, porque o PT, contra regra, "Se há regra, sou contra", deixou picaretas partirem para o pugilato por cargos, tal como agora. Lula reconheceu que lulistas e petistas emperraram o governo do PSDB, por consequência, o Brasil. era a "zona do agrião" do futebol: nada pasava. O país perdeu credibilidade no exterior, o dólar disparou, o capital especulativo migrou para o nosso país e a inflação voltou.

Agora enfrentamos o "FORA DILMA" e o movimento pelo seu "impeachment". "A história se repete como farsa". A credibilidade internacional do país despencou, o capital especulativo voltou, o dólar disparou e a inflação voltou.

Michel Temer ( o ex-vice presidento, atual presidente, o que é, mas não é governo) virou o "articulador político" de Dilma: posa de herói nacional, afinal tomou as rédeas do que já era seu. Leia-se: distribuidor oficial de cargos para o segundo, terceiro, quarto, quinto... escalões. Mais uma vez, a política do "toma lá, dá cá". Bastou que ele saísse do Regresso para que, depois de uma "articulação política", os deputados aumentassem o salário de várias categorias numa época de "crise?". Serão 2,5 bilhões de gastos a mais no já combalido orçamento do governo.

A menos que eu esteja na Venezuela e não saiba, Dilma não vai cair, mas o Brasil, podem crer, já é um caminhão sem freio descendo uma rua escorregadia de Ouro Preto já vislumbrando o muro na curva. A trombada se tornou inevitável. O motorista não tinha mais controle sobre o caminhão, então pulou fora. O auxiiar pulou para o volante, mas de lado, não consegiu fazer muita coisa. O caminhão derrapou, ficou de lado, contudo parte da carga desmoronou o muro.

Que o juiz Sérgio Moro deve fazer o seu trabalho, não discuto. Que a polícia federal tem de prender quem se meteu em falcatruas, que o faça. Que temos de protestar contra esse bando que tomou de assalta esse país, não tenho dúvida. Que esses e os próximos corruptos não podem sair impunes, é indubitável. Se o juiz chegar até a presidenta, o "impeachment" será constitucional. Inevitável.

Não há necessidade de gritarmos. Mas, temos total direito de fazê-lo, desde que preservemos as instituições. Nossa democracia ainda é muito jovem.

Cuidado, observem as atitudes do tal Eduardo Cunha e do, não nos esqueçamos, Regresso Nacional, eleito "democraticamente" no último pleito. Há muita gente agindo nas sombras. É a tática do compadrio: Muitos foram eleitos com o dinheiro da gente que está presa. Há muita gente tentando "salvar" muita gente da cadeia, justamente depois de o bandido sussurrar: "Vou, porém levo muita gente comigo".

Há também muita gente tentando posar de vítima, quando a coisa vira para o seu lado. Aí atacam: "Quem ataca, na verdade, se defende".

A coisa não acabou bem, quando Jango, pressionado, caiu. Se vocês nunca viram ou esqueceram, sugiro lerem "Brasil, Nunca mais" ou consultar a memória nacional, chamada Google.

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