Nada me espanta  neste Brasil varonil.

Nada me espanta neste Brasil varonil.

(O Boca do Inferno com azia dentro de um comprmido de ecstase)

O governador Eduardo Leite se declarou gay em uma entrevista ao jornalista e apresentador Pedro Bial. Parece até que a entrevista foi armada para que o governador acabasse de vez com as especulações sobre a sua sexualidade, que não deve pesar para quem o elegeu.

Um governador ter que vir a público explicar que é um governador gay e não um gay governador me lembra do romance de Machado de Assis em que Brás Cubas explica que é um defunto autor e não um autor defunto. Do outro lado do mistério, Brás Cubas concebe a vida como um grande teatro onde cada um representa o seu papel.

Sinceramente, se as pessoas cuidassem da própria vida, ao invés de ficar investigando a vida dos outros, seriam menos hipócritas. O problema é que muita gente não teria o que fazer. Desculpe, meu solitário leitor, foi spenas um instante de delírio. Isso nunca vai acontecer. Muita gente ganha dinheiro vasculhando a intimidade alheia.

Pelo menos, creio eu que não precisaria uma pessoa pública vir a um veiculo de comunicação falar da sua sexualidade e não da sua gestão. Ao que me consta, o senhor Eduardo Leite foi eleito para ser gestor. Suas preferências sexuais são questões particulares. Mas, pelo jeito, as especulaçõesparece que o incomodam. A mídia, os oportunistas, os especuladores, os moralistas tiveram um prato cheio, a declaração serviu de palanque para falsos moralistas. Dessa vez, pelo menos, Bolsonaro foi autêntico, já destilara, em outra ocasião, toda raiva, preconceito e atraso da nossa sociedade patriarcal. Já pôs para fora o que muita gente pensa, mas não fala para parecer politicamente correta. A última vítima do presidente foi o senador Randolfe Rodrigues. Será que ele precisa se explicar no programa do Bial? Aguardemos os próximos capítulos.

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