O BODE

O BODE

Há um bode no meio da minha sala. Não anda nem para frente, nem para trás. Já tentei expulsá-lo com tiros para o alto, cara feia, gritos de raiva. Ele se mantinha impávido colosso. Hoje me chifrou. Quer pastar. Nunca viu grama na vida. A simples possibilidade de encontrá-la boca a grama, torna-o um ser insuportável. Mas ele quer, porque quer. E eu continuo com o bode na sala, que quer pastar.

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