QUE VENHA, A PARTIR DE AGORA E PARA TODOS, O AMANHÃ.

QUE VENHA, A PARTIR DE AGORA E PARA TODOS, O AMANHÃ.

     Meninos...Meninas...Vocês conseguem se lembrar de seus últimos anos??? Dezoito, dezessete, dezesseis, quinze anos? Se lembram dos capotes quando corriam, em parceria com o vento em seus cabelos, fosse nas brincadeiras ao som da trilha sonora de seus sorrisos, ou, durante suas correrias para não perderem a condução ou o início do filme no cinema? Se lembram do nó em suas gargantas quando, simplesmente, estavam à sombra de uma grande expectativa, ou, quando ouviram um não ansiando o sim, bem como, o sim quando quase imploravam um não?  Se lembram do chão sumindo justo debaixo de seus pés, nos momentos de mais profunda surpresa, positiva e negativa, mas, mesmo assim, tiveram que tomar qualquer atitude para seguir seus bailes??? Se lembram? Seguiram bailando e chegaram até aqui, bem no palco central. Vocês assumiram o protagonismo de vez. Agora as memórias precisam voltar a bailar em suas mentes. É hora de cada uma delas ser traduzida na prática, na cadência necessária. Por vezes suave, leve. Por vezes, desarmônica. Mas, sempre, movimentando, tornando-se sólida experiência a respeito do que fazer, pois, em vários momentos, já algo fizeram. Portando, agora são os minutos de vocês.

     Não apenas sobreviverão à esses minutos. Vivência! Intensidade! Transformação! Se houver choro, será no máximo para ajudar seus olhos a enxergar, e às vezes, inclusive, o que está além do evidenciado. Tudo bem o papel um pouquinho molhado também. Se houver tremor, agora, será, no máximo, para auxiliá-los, de forma mais sensível, a notar seus corpos físicos, pernas para que persistam permanecer em pé, mãos e braços para que alcancem a escrita de suas histórias. Se houver tontura, desde já, será, no máximo, para que sintam os fatos de outros modos possíveis, fora de seus eixos cognitivos e emocionais mais habituais. Se houver um coração disparado, a partir desse momento, será, no máximo, para comprovar que o pulso está cada vez mais presente na batalha, forte para chegar ao final da guerra. Se houver uma respiração ofegante, prontamente, será, no máximo, fôlego a mais para levá-los aonde nunca imaginaram que pudessem ir e chegar. Se houver dor na barriga, imediatamente, será no máximo, para mantê-los conscientes de que seus corpos, físico e mental, sempre estarão ativos para eliminar o que não lhes fazem bem. Sempre tudo no máximo, em seus máximos, ainda que se sintam, nesse instante, mínimos. Mas, não são. Porque, para a realidade possível de cada um, fizeram e buscaram o máximo. Portanto, são o máximo de vocês. O máximo, que ainda será, incessantemente, maximizado, ao longo de suas vidas. Vocês são, brilhantemente, o máximo! Portanto, não tenham qualquer pressa, mas sim, coragem, vontade, e, suas vidas nas mãos e em suas mentes, todos os dias e noites, para que tenham a convicção de que não devem jamais se etiquetar. Quem, eventualmente, joga e ganha, pode entender que o prazer é tão intenso e relativo quanto sua própria sorte. Por sua vez, quem sabe jogar, não é refém de sua sorte, na exata medida em que sente o prazer do próprio jogo, no desafio aos e de seus movimentos, durante a realização de necessária estratégia que lhe conduz à glória sobre si mesmo, independentemente do que restará quando atingir o falso fim. Porque no real recomeço de tudo, o que haverá, em essência, será sempre vocês.

     Ainda que durante o mais breve instante, jamais interpretem quaisquer períodos de suas vidas como desperdício de seus tempos, de si mesmos. Só há mais vaga ideia de desperdício quando inexiste, de forma absoluta, horizonte. Para todos vocês, tal inexistência é a maior e mais vil das mentiras e enganação. Pelo contrário. A partir do amanhã, seus horizontes se ampliarão. Por isso, amanhã os assusta, pois sua luz é tão intensa e de amplo alcance que, no primeiro momento, lhes cega a visão. Nos momentos seguintes, quando os olhos a aceitam, a vista é show, bixo!!!         

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