RETALHOS VALOROSOS PARA IDEIAS QUESTIONÁVEIS.

RETALHOS VALOROSOS PARA IDEIAS QUESTIONÁVEIS.

“Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado...” Para todo lado, acima e abaixo. Abaixo à toda e qualquer tipo de ordem. Já não mais abaixo do tapete. Na fuça! Progresso??? “Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação...” Um futuro sem lágrimas, mas, também sem sorriso. Um futuro sem rosto, desfigurado. Uma crença que não se explica, não se aplica, complica, implica, não sabe, não ouviu, não viu, de nada se lembra. Então, chuta para bem longe de qualquer meta. Chuta tudo como numa prova em que só se sabe escrever o próprio nome, e olhe lá...Cuidado para não errar. Cuidado com a falsidade ideológica. Falsa inteligência. “Mas, minha burrice faz aniversário, ao permitir que num país como o Brasil ainda se obrigue a votar por qualquer trocado, por um par de sapatos, por um saco de farinha...” Portanto, agora é menos exigência. Se pó branco, é outro. Caro??? Então fica valendo só o aperto de mão, como num picadeiro de eleição, com gargalhada na boca, anestesiando a dor das punhaladas nas costas, não uma facada pela frente. Seria muita honestidade. Ainda assim, “juram que não torturam ninguém. Assim agem para seu próprio bem...” Óbvio... O bem bom de tão poucos é o progenitor que impõe, por ameaças e chantagens, o aborto do bem estar de tantos. Clandestinamente??? Muito mais do que legalizado, se diz que é cultural. Feito com chá contra o simancol e cutucadas com agulhas enferrujadas. Se não matar por disfunção social, mata por tétano. Quanta modernidade... Modernos, vanguardistas??? “É a propaganda, pois nesse país, é o dinheiro quem manda...” Se vive por e nas propagandas. Só propaganda mesmo. Engole-se imagens. Propagandas enganosas que vendem às hordas tudo o que não é e jamais será. Jamais será música. Jamais será diversão. Jamais será futebol. Jamais será o melhor do planeta. Jamais será profissional. Jamais será política. Jamais será arte. É sempre descarte, tirado do lixo, posto na condição de high price tag, rotulado de modelo ou de expressão. Modelo e expressão??? Seus significados se perderam na banalidade, apodrecendo onde não há aterro sanitário, fedendo junto à cérebros, ideias, pensamentos e tudo que se decidiu ignorar por medo de concorrência. A consequência??? “A história se repete, mas a força deixa a estória mal contada...” Com uma facilidade cínica, o h da história é retirado, à gosto e conveniência de quem, quando na hora da verdade, gagueja, foge, mente ou mata. Mata Hari dançando para hipnotizar os desavisados, desajustados e alienados. Ha, ha, ha!!! Há quanto tempo as bundas abundam, afundam, não somente à elas, mas por elas??? “Até quando você vai levando porrada? Até quando vai ficar sem fazer nada? É tudo flagrante! É tudo flagrante!...” Escancarado!!! Mas, desconsiderado pela miopia, indolentemente, autodiagnosticada pelos Zé Ninguém. Nada de incomum. “Se tudo aqui acaba em samba? No país da corda bamba...” Muitos serão derrubados. Todos estão derrubados??? Parece nunca ter importância se manter de pé, ou em algum estado que se assemelhe à dignidade. Essa última, foi, indiscriminadamente, associada às insólitas celebrações. Não faz a menor diferença do que for. “Vamos celebrar nossa vaidade...Nosso castelo de cartas marcadas...Nosso pequeno universo... Toda hipocrisia e toda ostentação...Vamos celebrar a aberração, de toda a nossa falta de bom senso. Nosso descaso por educação...” Dignidade absurda desde 1993??? De forma alguma. Desde muitos séculos antes!!! Dos tempos dos Senhores, de engenhos, de escravos, dos bons costumes, praticados nas senzalas, em meio à desumana insignificância dos açoitados, talvez esses traumatizados amigos, irmãos, maridos e/ou namorados. Senhores dando vida e, ao mesmo tempo, já sentenciando à morte as, então, futuras gerações de rejeitados. “Bem aventurados sejam os senhores do progresso. Esses senhores do regresso. Errar não é humano. Depende de quem erra. Esperamos pela vida. Vivendo só de guerra...” Guerras íntimas, urbanas, que sangram o corpo, a consciência, a coerência e a lógica. Ilogicidade seletiva. Não é de domínio exclusivo do salve-se quem puder. É muito, também, do salvo a quem só eu, tu, ele quiser. Meu camarada. Meu interesse. “A gente não quer só dinheiro, a gente quer inteiro e não pela metade...A gente não quer só comer, a gente quer prazer para aliviar a dor...Necessidade, vontade...” Vontade se travestindo de necessidade, privilegiando o que satisfaz o ego. O ego que enlouquece a vida, faz adoecer a sensatez. “É preciso o meu carimbo dando o sim sim sim...Plunct, Plact Zum não vai a lugar nenhum...” Lugar nenhum!!! O nada!!! Só ilusão, pela qual se implora, pela qual se torce para não ser desfeita à menor sombra da realidade. É muito medo da realidade!!! Tanto que ficou atrofiada a capacidade de perceber o inato poder de reação. “Vamos fazer nosso dever de casa e aí então vocês vão ver suas crianças derrubando reis, fazer comédia no cinema com as suas leis...” é uma ideia que agora habita o campo da mais profunda e angustiante dúvida e insegurança. Também, pudera...É algo previsível quando se habitua cantar – e, por introjeção, pensar - como fosse glória ao avesso ou fato inevitável, arrastar chifres por aí, curar feridas emocionais com embriaguez, necessitar comprar visualizações em redes sociais, etc...

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

??????????????????????????????????????????????????????????

....................................................................................................................

Até quando só caberá o silêncio das pontuações? “E na luz nua eu vi...Dez mil pessoas, talvez mais...Pessoas falando sem dizer...Pessoas ouvindo sem escutar...Pessoas escrevendo canções que vozes jamais compartilharam...E ninguém ousava perturbar o som do silêncio...” Constrangedor!!!

 

 

 

OBS: Contém trechos extraídos das músicas:

“Comida”- Titãs

“Que país é esse?” – Legião Urbana

“Luís Inácio (300 picaretas)” – Paralamas do Sucesso

“Alvorada Voraz” – RPM

“Toda forma de poder” – Engenheiros do Hawai

“Perfeição” – Legião Urbana

“Zé Ninguém” – Biquini Cavadão

“Até quando” – Gabriel Pensador

“Múmias” – Biquini Cavadão

“The sound of Silence” – Simon & Garfunkel

“Carimbador Maluco” – Raul Seixas

“Geração Coca – Cola” – Legião Urbana

Compartilhar: