Vivemos a era do comportamento nas empresas – parte 2

Vivemos a era do comportamento nas empresas – parte 2

Na primeira parte deste artigo, iniciamos a discussão a respeito da importância do comportamento para os profissionais bem-sucedidos. Terminamos com uma reflexão sobre pontos de melhoria.

Muitos podem imaginar que a forma como nos comportamos é assim e pronto, que podemos aprender inúmeras coisas, porém não podemos alterar ou aprimorar comportamentos. Isso não é verdade.

Assim como qualquer outra habilidade, as competências comportamentais podem ser aprendidas e exercitadas. Por exemplo: a liderança.

Uma teoria antiga, chamada teoria dos traços, dizia que os líderes eram natos e que algumas características, inclusive físicas (traços), determinavam se as pessoas seriam ou não líderes. Essa teoria foi popular até aproximadamente os anos 1940.

Nos tempos modernos, sabemos que a qualidade de líder é possível ser desenvolvida, assim como todas as outras. Muitas vezes, as pessoas não buscam auxílio nestes aspectos, primeiro por desconhecer que isso é possível, ou ainda por desconhecerem quem procurar ou como avaliar se o profissional ou serviço de ato resolverá sua necessidade.

Como se desenvolver em 3 passos

A pergunta que não quer calar é esta. Como saber em que preciso melhorar? Como adquirir ou melhorar estas competências comportamentais?

Bem, vamos aos 3 passos fundamentais:

1 – O primeiro passo é a vontade de se aperfeiçoar. Se estamos falando de comportamentos, de nada adianta se a pessoa não tiver consciência e vontade de mudar. A frase “sempre fui assim e funcionou ate hoje” é ainda muito falada por diversos profissionais e empresários – mesmo quando os resultados já não são os mesmos de antes. Quando é assim, a pessoa torce para que uma hora os resultados voltem a aparecer como antes, mesmo sem fazer nada de novo. Chamamos isso de Síndrome de Gabriela, por causa da música, Modinha para Gabriela, de Gal Costa. Se não se enquadra neste time e percebe que pode e deve fazer algo para melhorar, ótimo, primeiro passo dado;

2 – O segundo passo é o autoconhecimento, afim de saber a situação atual em cada competência necessária. Em outras palavras, é o diagnóstico para saber como você está agora;

3 – Por fim, o terceiro passo é o processo de aperfeiçoamento em si, que pode ser feito de diversas formas, dependendo do que precisa ser trabalhado e em que profundidade.

Para trilhar estes passos, existem hoje diversas metodologias para auxílio profissional, como o coaching, treinamentos comportamentais, psicoterapia e até leituras de autoajuda, que funcionam desde que a pessoa tenha muita disciplina e vontade de mudar por conta própria. Caso contrário, o auxilio profissional é sempre melhor.

E agora?

Uma pesquisa realizada em 2015 pela ABTD identificou que a empresas brasileiras investem em treinamento apenas metade do tempo que as empresas norte americanas.

Outra informação importante é que apenas cerca de 20% destes treinamentos são comportamentais. Desta forma, os profissionais e empresas focam muito na formação técnica, mesmo que de forma insuficiente, como se isso fosse compensar a ausência de competências comportamentais.

Então, o recado final é que, em plena era do comportamento, as empresas precisam valorizar o investimento no desenvolvimento de pessoas, principalmente de comportamentos.

Os profissionais, independente de suas empresas, também devem buscar este tipo de ajuda, dependendo de sua necessidade, seja de sua própria percepção ou de feedbacks que tenha recebido.

Os empresários, então, nem se fala: pensar que precisam treinar os funcionários, mas não a si próprios, é um erro fatal. Se deseja mudar os outros, comece mudando a si mesmo.

Até breve!

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