Academias “low cost”: o barato pode sair caro

Academias “low cost”: o barato pode sair caro

É notório o crescimento do mercado fitness nos últimos anos. Com isso surgem diversos formatos de academias, dentre eles os modelos low cost (em inglês, baixo custo), que diferenciam-se das academias tradicionais, principalmente, por apresentar um número reduzido de profissionais, além da falta ou poucas opções de aulas coletivas, para assegurar um valor de custo mais baixo mas que garanta a lucratividade. No entanto, muitas das academias neste formato, mesmo com o preço baixo oferecido, não economizam ao oferecerem estruturas enormes de alto padrão, com equipamentos modernos e amplos espaços, como forma de criar pelo menos algum diferencial a mais além do preço.

Os investimentos em infraestrutura e tecnologia são importantes para valorização do serviço, mas são apenas aspectos tangíveis do serviço, não a sua essência. A qualidade percebida de um serviço terá o nível daquela percebida na pior etapa da sua prestação, ao longo de toda a cadeia. Desta forma, de pouco adianta uma linda academia, com equipamentos sofisticados, se o atendimento é ruim.

Por isso, será que as academias low cost podem oferecer um tratamento de verdadeira interação com seus alunos com tão poucos profissionais? Sabemos que o profissional da área técnica, aquele que está diretamente ligado ao aluno, é o que interage ou deveria interagir com ele em seu dia a dia. Chamar pelo nome, lembrar da sua data de troca de treino quando estiver se aproximando, estabelecer metas dentro de uma periodização de treino. Além disso, o acompanhamento profissional ajuda a orientar e corrigir o aluno na execução dos movimentos, o que pode ser o diferencial para prevenir e evitar lesões.

Um dos principais perigos deste modelo de academia são os riscos que podem trazer para a saúde em longo prazo. Exercícios sem orientação profissional levam à sobrecarga de peso, causando lesões, muitas vezes irreversíveis. Lesões nos ombros, joelhos e lombar são as mais comuns e podem levar à mesa de cirurgia se não forem tratadas logo no início, e um exercício errado pode forçar tanto o joelho quanto a coluna, prejudicando a qualidade do movimento e a boa saúde das articulações. As lesões mais frequentes são a tendinite (inflamação nos tendões) e estiramentos musculares.

A aparente economia que se tem ao utilizar este tipo de serviço pode ter como consequências um alto custo com médicos, especialistas, cirurgias e tratamentos. Em casos mais graves, lesões permanentes podem impedir que a pessoa pratique qualquer atividade para o resto da vida. Nestes casos, o barato realmente sai caro, e muito.

Desconfie quando o preço é bom demais para ser verdade. Considerando o ponto de vista de um cliente, e nesse caso de um aluno, sempre deve-se prezar pela qualidade do serviço e um bom atendimento, é o que realmente faz a diferença quando se vai comparar as opções e indicar para amigos ou familiares. Quando um serviço é bom e de qualidade, as pessoas têm consciência e estão dispostas a pagar por ele. Portanto, serviços que apresentam preços muito bons, apesar da estrutura imponente ou dos equipamentos modernos, têm alguma coisa faltando, pois quando o serviço é bom, pagamos a mais por ele pois sabemos que teremos resultados satisfatórios.

A sua saúde merece este investimento, especialmente se pensarmos em longo prazo. Um bom acompanhamento profissional pode fazer toda a diferença no futuro. Por isso, é importante ter um profissional capacitado para montar séries específicas para o seu tipo de corpo, suas limitações e objetivos, realizando também a atualização periódica para que você seja estimulado e desafiado continuamente. Além disso, o acompanhamento profissional mais de perto ajuda a orientar os alunos no caso de dúvidas, bem como observar se os movimentos estão sendo realizados corretamente, para evitar lesões.

Fonte: https://www.pushandpullfitness.com.br/perigo-academias-low-cost/ 
 

Compartilhar: