Combata a depressão com a musculação

Márcia Cristina Andrade Carneiro

01 Jul 2018 18:40

A depressão é uma das grandes vilãs do século XXI, quando deixou de ser vista, segundo Eder Lima, como a síndrome da classe média alta e passou a afetar pessoas de todas as condições econômicas e sociais. Normalmente, ela é mal compreendida e considerada apenas um tipo de “frescura” por pessoas que desconhecem sua gravidade. Porém, somente aqueles que já passaram ou estão passando por uma depressão podem avaliar o quão terrível é sentir os sintomas que ela causa.

Eder Lima comenta que inúmeras pesquisas demonstraram uma maior eficácia no tratamento da depressão utilizando a musculação concomitante ao tratamento químico, onde foram observadas melhoras, de forma mais rápida, em vários pontos: estabilidade emocional, positividade e autocontrole psicológico, humor, interação social, redução da insônia e dos níveis de stress.

A literatura aponta que a musculação alivia a ansiedade e a insônia em casos diagnosticados de depressão clínica. Isso acontece porque a musculação estimula a produção de testosterona e GH (hormônio do crescimento) e inibe a síntese do cortisol, um hormônio do stress que, em quantidades elevadas (situações de ansiedade, por exemplo), diminui as defesas do sistema imunológico e acentua o acúmulo de gordura no corpo.

Além desses dois hormônios, Eder Lima ressalta que não se pode deixar de mencionar as ações de neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina, os quais podem ser potencializados pela alimentação. A prática bem orientada da musculação promove especialmente a liberação de outro hormônio de extrema importância: a endorfina. Tal hormônio, que é produzido naturalmente pelo cérebro, causa uma sensação de relaxamento e bem estar, permanecendo no organismo por várias horas depois de encerrado o exercício.
Eder Lima afirma que uma sessão de musculação para uma pessoa com depressão, mais do que para qualquer outro indivíduo, precisa conter:

•    Exercícios de alongamento (que auxiliarão na redução das tensões musculares);
•    Exercícios de musculação propriamente ditos (desde que não se estendam por tempo demais ou se perderá a liberação ideal dos hormônios citados e se voltará a produzir cortisol em excesso);
•    Exercícios aeróbios, principais responsáveis pela liberação das endorfinas.

Fonte: https://www.dicasdetreino.com.br/musculacao-combate-depressao/