Hormônios que interferem na perda de peso

Hormônios que interferem na perda de peso

Quando as pessoas pensam em perder peso, dieta e atividade física são as duas coisas que logo vêm à cabeça. Porém, o processo de perda de peso depende de muitos fatores, entre eles o bom funcionamento do nosso metabolismo, que é regulado por hormônios.

Segundo Renata Turbiani, em matéria para o site VivaBem, os hormônios produzidos por nosso corpo são essenciais para que o organismo trabalhe bem e os quilos na balança diminuam. Na sequência, são apresentados os hormônios que interferem na perda de peso e o que fazer para mantê-los equilibrados naturalmente. Turbiani alerta que, caso você desconfie de algum problema hormonal, procure um médico.

Cortisol: o nível elevado desse hormônio pode aumentar seu desejo por doces ou carboidratos refinados, já que seu corpo entende que precisa de energia rápida para encarar a situação de perigo que está enfrentando (mas muitas vezes não está). Ele ainda estimula o fígado a produzir glicose (açúcar) para aumentar o nível dessa substância no sangue, que por não ser usada depois é acumulada como gordura - especialmente na barriga. Para diminuir o nível do hormônio do estresse, a principal recomendação é relaxar. É possível conseguir isso com um hobby, momentos de lazer, na rotina e atividade física. No entanto, o treino deve ter até uma hora de duração, pois exercícios longos geram grande estresse no organismo e estimulam a produção de cortisol. Também é importante cuidar do sono e da alimentação.

GH: ele é importante para o aumento do tecido muscular. E quanto mais músculos você tem, maior o seu gasto calórico em repouso. É preciso fazer exercício físico, dando preferência aos treinos rápidos e intensos, e dormir bem, já que o GH é secretado de madrugada, por volta das 2h.

Grelina: no funcionamento normal, a grelina começa a subir quando o estômago está vazio e se estabiliza cerca de uma hora depois que a pessoa se alimenta. Quando ela está desregulada, seu apetite aumenta e você tende a comer muito mais do que precisa. Não dá para atuar diretamente nesse hormônio, mas o que sempre ajuda é comer quando se tem fome e parar quando estiver saciado; cuidar do sono; praticar atividade física e ter uma alimentação equilibrada, evitando os regimes restritivos.

Insulina: existem várias razões para o aumento da insulina no organismo, sendo que as principais são estresse e má alimentação (consumo exagerado de carboidratos simples). O seu "mau funcionamento" pode estimular o estoque de gordura, em especial na barriga, e provocar o ganho de peso. Praticar atividade física com frequência, consumir carboidratos complexos (grãos integrais, batata-doce) e evitar doces, pães e carboidratos refinados. Também é indicado em toda refeição ter uma fonte de proteína (carnes, ovo, leite) e gorduras boas (azeite, castanhas).

Leptina: os níveis de leptina são mais baixos em pessoas magras e mais alto nas obesas. Porém, muitos que estão acima do peso têm um mecanismo de resistência ao efeito supressor do apetite deste hormônio. O que também desregula a sua produção é ficar longos períodos em jejum e comer menos do que o necessário. Assim como acontece com a grelina, não dá par atuar diretamente neste hormônio. Porém, manter hábitos saudáveis - o que significa praticar atividade física regularmente e ter uma alimentação equilibrada, evitando dietas restritivas - é benéfico para manter o nível adequado dessa substância.

Melatonina: conhecida como o hormônio do sono, tem como funções regular o momento de dormir e participar da reparação das células. Não dormir bem interfere em diversas funções do organismo, entre elas a produção de hormônios importante para o emagrecimento como GH, testosterona e grelina. A falta de horas adequadas de descanso também aumenta o estresse no organismo, o que estimula a produção de cortisol - que você já viu que atrapalha a perda de peso. Dormir sempre no mesmo horário e manter o quarto tranquilo e totalmente escuro são maneiras de estimular a produção de melatonina. Procure desligar os aparelhos eletrônicos cerca de uma a duas horas antes de ir para a cama.

T3 e T4: quando estão baixos, o metabolismo fica mais lento, o que diminui o gasto calórico em repouso e pode levar ao ganho de peso. O descontrole do T3 e do T4 é causado por predisposição genética e doenças (Hashimoto e Graves). Com o consumo de nutrientes que favorecem a sua produção, como magnésio (cereais de trigo), aminoácidos (presentes na carne, no leite e no ovo) e selênio (oleoginosas, salmão e ostra). Fora isso, é importante não fumar e evitar a ingestão sem orientação de remédios para emagrecer que tenham compostos com ação na tireoide.

Testosterona: é essencial para a construção e manutenção dos músculos, que elevam seu gasto calórico em repouso. Além disso, a testosterona ajuda a manter a disposição em alta para treinar. Treinos mais curtos e intensos, principalmente os que levantam peso, e exercícios que recrutam grande volume de massa muscular (agachamento, levantamento terra, supino) estimulam a síntese de testosterona. Uma dieta rica em proteína magra, carboidratos complexos e gordura saudável também é importante. O estresse prejudica a produção de testosterona, por isso procure controlar a tensão.

Fonte: https://vivabem.uol.com.br/noticias/redacao/2019/01/14/saiba-quais-hormonios-interferem-na-perda-de-peso-e-veja-como-controla-los.htm 
 

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