Suplementos para depois dos 40 anos

Suplementos para depois dos 40 anos

Segundo Silvia Ruiz, em colaboração para o Viva Bem, os suplementos se tornaram muito populares nos últimos tempos e as pessoas ficam achando que, se estão de fora dessa onda, devem estar perdendo alguma coisa. A verdade é que eles fazem parte de uma indústria pouco regulada, há centenas de ofertas e promessas de resultados milagrosos na internet, mas nem sempre eles fazem bem e, pior, podem fazer mal.

Com o intuito de se aprofundar mais nesse tema, Silvia conversou com uma especialista em medicina preventiva, a endocrinologista e nutróloga Vânia Assaly, para entender, em primeiro lugar, se todo mundo deveria tomar. E, nesse caso, o que realmente seria o essencial, isto é, algo como um “kit básico”.

Após a conversa, Silvia descobriu que a melhor maneira de obter todos os nutrientes importantes para manter nossa saúde é por meio de uma alimentação balanceada, rica em vegetais e frutas, gorduras boas e proteínas. Suplementos tem esse nome exatamente por isso: são SUPLEMENTOS, ou seja, jamais devem substituir uma dieta saudável.

Porém, na prática, manter uma dieta completa, comer mais de cinco porções diárias de vegetais variados, por exemplo, não é tarefa fácil caso a pessoa tenha uma vida corrida. Além disso, estudos recentes mostram que, nos últimos anos, há um declínio de nutrientes nos alimentos por conta de desgaste do solo e do uso extensivo de fertilizantes. A verdade é que, mesmo com uma boa dieta, podem faltar os nutrientes que precisamos. Vânia alerta ainda que, ao ficarmos mais velhos, a absorção de alguns nutrientes não é tão eficiente como na juventude.

Diante de tais considerações, pode-se concluir que vale a pena, sim, suplementar alguns nutrientes. Porém, é imprescindível sempre consultar um médico antes. Dentre os suplementos que as pessoas com mais de 40 anos deveriam considerar utilizar, destacam-se:


Multivitamínico: procure uma marca confiável que traga vitamina A, vitamina E, vitamina C e, principalmente, vitaminas do complexo B (B1, B2, B6 e B12). Além de ajudar a manter seu sistema imunológico em dia, vitaminas ajudam a dar energia ao longo do dia. Adultos mais velhos precisam de doses mais altas de vitaminas B, mais ainda para quem for vegetariano;

Ômega 3 e Ômega 6: estudos mostram que o consumo desses ácidos graxos obtidos em geral do óleo de peixe oferece uma série de benefícios que vão do cérebro ao coração (há algumas contraindicações para alérgicos a peixe ou para quem toma anticoagulantes, por isso fale com seu médico). Eles também reduzem processos inflamatórios no corpo e dão força ao sistema imunológico e protegem o declínio das funções cerebrais. Ajudam até no combate à depressão;


Magnésio: mais de 70% das mulheres adultas têm deficiência desse mineral, principalmente conforme envelhecem. Magnésio tem um papel fundamental em muitas funções do nosso organismo, incluindo o sistema ósseo, as contrações musculares, a produção de energia, a produção de novas células e a proteção de neurotransmissores. Ajuda na prevenção de osteoporose, asma, câimbras, enxaqueca, doenças cardíacas e até mesmo na redução de ansiedade;

Cálcio: muita gente acha que deve sair ingerindo o máximo possível de cálcio para manter os ossos fortes. Mas um ponto vital é o equilíbrio entre cálcio e magnésio. Eles têm funções opostas (cálcio contrai os músculos, enquanto magnésio relaxa, por exemplo). Por isso a suplementação de ambos tem que ser equilibrada. Fale com seu médico ou nutricionista para entender a dose exata para você. De fato a quantidade que devemos consumir conforme envelhecemos aumenta. Porém, boa parte pode ser obtida da alimentação (sardinha, derivados de leite etc.). Se estiver faltando cálcio em sua dieta, o corpo vai retirar o mineral dos seus ossos, o que pode resultar em osteoporose;

Cúrcuma: cada vez mais surgem novos estudos sobre os benefícios da cúrcuma (ou açafrão da terra) para o combate à processos inflamatórios no nosso corpo (que podem causar diabetes, AVC, fadiga crônica, entre outras doenças). Além disso, seus fitoquímicos possuem alto poder antioxidante. A questão é que, na alimentação, a cúrcuma é pouco absorvida, por isso a melhor forma de consumir é por meio de cápsulas onde são adicionadas outras substâncias que facilitam sua absorção.

Fonte: https://ageless.blogosfera.uol.com.br/2018/11/02/suplementos-saiba-quais-os-basicos-para-quem-tem-ja-passou-dos-40-anos/  
 

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