Armadilhas em rede

Armadilhas em rede

Movimentou o Twitter, na última semana, um vídeo em que, supostamente, um jornalista da TV Globo exporia momentos íntimos. Poucos dias antes, o mesmo já havia acontecido com um apresentador e comediante da emissora. 

O assunto, rapidamente, liderou os trending topics (principais tópicos em discussão) da rede social no Brasil. Não tardou até que o jornalista acionasse os advogados e a última notícia publicada sobre o assunto dá conta de que ele já descobriu o responsável pelo vazamento do vídeo. Não houve esclarecimento, até o fechamento desta edição, se as imagens eram reais ou fraudadas. O fato é um só: verdadeira ou não, a publicação (a menos que autorizada pelo suposto protagonista) jamais deveria ter sido divulgada.

Já sabemos que um dos ônus da vida virtual é a exposição à invasão de privacidade, com dados e informações íntimas que podem ser divulgados por aí.

Conversando na redação do Portal Revide sobre o assunto, um dos estudantes de jornalismo da equipe, o Gustavo Ribeiro, compartilhou uma informação que, certamente, faz do ambiente on-line um habitat ainda mais inóspito. 

Atualmente, existem sites e aplicativos que permitem a inserção de rostos de pessoas em outros corpos – geralmente, são montagens que envolvem nudez e sexo. Assim, por exemplo, foi criado um vídeo pornográfico com a protagonista do filme Mulher Maravilha, Gal Gadot. Como ela, Scarlett Johansson, Taylor Swift e tantas outras já foram vítimas das falcatruas virtuais.  

A contradição da web é que, embora nos sintamos cada dia mais familiarizados com ela, também estamos, a cada dia, mais expostos às suas armadilhas. As facilidades on-line crescem nas mesmas proporções da maldade e a sensação é de que nunca conseguiremos nos armar o suficiente para sobreviver incólumes.

Talvez, a melhor proteção e tática de sobrevivência seja expor o mínimo possível e, caso seja muito necessário fazê-lo, ter a completa certeza de quem é o destinatário. 

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