Like a boss

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Mais badalado atleta da Seleção de Futebol e aspirante a melhor jogador do mundo em um futuro próximo, Neymar é, sem dúvida, o campeão brasileiro em popularidade nos gramados.

Essa popularidade, porém, não é sinônimo de unanimidade. Ainda que Neymar seja nossa grande estrela do esporte atualmente e a maior esperança na conquista do hexa, é outra figura, talvez menos extravagante, que rouba a cena na Seleção. Transformado em uma das principais referências em modelo de gestão no país, é o técnico Tite quem tem aprovação quase universal entre os torcedores.  “Estes são os segredos da liderança bem-sucedida do técnico Tite”, foi o título da reportagem que li na última semana. São oito dicas, aparentemente muito bem administradas pelo líder da Seleção Brasileira, que prometem catalisar uma boa gestão. Se as sugestões realmente cumprem o que anunciam, é preciso colocar em prática.

O fato é que, com a mescla de gerações interagindo diariamente nas empresas, fica difícil estabelecer um modelo irretocável de administração, atendendo a hábitos e expectativas de funcionários com expectativas tão diferentes.  

Parece que, para ser um bom chefe, hoje em dia, é preciso dar palestras – ou, pelo menos, assistir a uma porção delas. É preciso ouvir e ler Mario Sergio Cortella, Leandro Karnal e Max Gehringer. É preciso balancear a mão de ferro com a boa convivência. É necessário ser, além de gestor, um provedor de qualidade de vida, entender as necessidades do funcionário e tentar agradar a gregos e troianos.

Lidar com pessoas e gerir grupos sempre foram – e talvez sempre sejam – uma dificuldade. Seres humanos não são compreendidos com a exatidão de réguas e esquadros, mas com a incerteza e a inconstância típicas da interação entre razão e emoção.

Se o modelo Tite é o mais adequado na condução de um grupo, nunca saberemos. Para muitos, a comprovação será a conquista do hexa. Para ele, ter encontrado um formato adequado para uma tarefa tão grandiosa já é uma baita vitória. 

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