A bronca que levei

A bronca que levei

Levei uma bronca de uma amiga no aniversário dela. Havia uma mesa redonda com alguns convidados e eu ali, entre eles. Chope vai, lanche vem, eu pegava o celular, checava as mensagens e dava aquela conferida de praxe nas redes sociais, espiando o Instagram e o Facebook. Fomos embora e depois ela me perguntou se eu tinha reparado no tempo em que me dediquei ao mundo virtual, enquanto estávamos ali. 

Sonegar atenção a quem gostamos tem sido uma das principais consequências sociais do vício nos smartphones. Já reparou que, mesmo quando não temos absolutamente nada para fazer com o telefone celular, desbloqueamos a tela e procuramos por algum aplicativo para explorar – mesmo na frente dos outros?

Confesso que faço isso mais vezes do que gostaria, mas luto, bravamente, para diminuir a intensidade e a frequência desse hábito. Minha terapeuta diz que, como qualquer vício, precisa ser combatido e só podemos fazê-lo quando nos esforçamos para mudar o comportamento. Querer nem sempre é poder, mas, neste caso, o desejo representa uns bons 80% do sucesso na mudança de comportamento.

Aquela não foi a primeira vez em que me chamaram a atenção pela atitude, mas, certamente, foi a que mais me marcou. Era um aniversário, não um almoço qualquer no meio do expediente e nem uma tarde comum com a família na sala. Foi uma data especial e, talvez por isso, o impacto tenha sido mais forte.

Poderia apostar que não sou a única a agir assim, tampouco sou a vítima pioneira desse pito, mas, como aquela máxima utilizada pelos professores para conquistar a atenção dos alunos na sala de aula, o questionamento do colega pode ser a dúvida da classe. Neste caso, a lição aprendida pela Marina pode ser a lição a ser aprendida pela classe. Vale mais, não há dúvida, o compartilhamento ao vivo e a cores com quem gostamos. O virtual sempre pode ficar para depois – salvas as raríssimas situações de emergência. 

Quando estiver navegando por aí, acesse o Portal Revide e informe-se! Por favor, só prometa que não fará isso quando estiver em uma roda de amigos. Muito menos no aniversário de um deles. 

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