Continue a nadar

Continue a nadar

Trabalho, atualmente, em frente a duas telas de computador. Cada hora, com um programa aberto, fazendo qualquer coisa. E-mail, redes sociais, Word, Excel, Google Analytics, Portal Revide, Skype e, às vezes, Spotify, porque ninguém é de ferro.

Para algumas dessas atividades, há notificações. Quando chega uma mensagem em minha caixa de entrada, por exemplo, logo sobe um aviso de novo correio eletrônico. Na maioria das vezes, interrompo uma edição de texto, ou a publicação de alguma reportagem, e abro o Outlook.

Quando volto ao que estava fazendo, levo alguns segundos para retomar o raciocínio ou me lembrar qual era o fio da meada. Até ao escrever este texto, parei algumas vezes. Agora, por exemplo, neste trecho que deixei de lado para corrigir uma notícia. Retomo.

A avalanche de informação a que temos nos submetido, diariamente, nos causa alguns prejuízos, a despeito do fato de estarmos cada vez mais conectados e munidos de conteúdo.  Especialistas afirmam que o excesso de dados que absorvemos pode prejudicar o bom funcionamento do cérebro e causar danos à memória.

Um estudo encomendado em 2015 pela empresa de segurança Kapersky Lab afirmou que a humanidade passou a sofrer de “amnésia digital”. De acordo com a pesquisa, isso acontece quando a pessoa esquece a informação, pois confia que ela está armazenada em qualquer aparelho digital e, de alguma maneira, será lembrada. 

Eu, por exemplo, pareço ter a memória cada dia mais deficitária. Às vezes, sinto-me como a Dory, famosa peixinha que sofre com a perda de lembranças recentes no filme Procurando Nemo, da Disney. “Para achar a solução, continue a nadar”, ela diz, mesmo esquecendo parte do que vê pelo caminho. 

Talvez a sabedoria dos filmes infantis nos sirva de lição para uma convivência mais leve e pacífica com a tecnologia. Continuemos a navegar, no caso, para encontrar a solução. Ah, e antes que eu me esqueça: acesse o Portal Revide, informe-se e fique por dentro das principais notícias da região. Até lá! 

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