Matriz de Eisenhower

Matriz de Eisenhower

Todo mundo já sabe que final de ano é tempo de reflexão e de criar novos projetos para os meses que vêm pela frente. Muitos de nós somos arrebatados por certa esperança de que, no ano seguinte, conseguiremos tirar do papel os planos que fizemos. É tempo, inclusive, de avaliar tudo o que foi feito desde janeiro passado.

Por vezes, essa avaliação pode ser decepcionante: é fato que a corrida rotina e o excesso de tarefas impedem de realizar tudo o que imaginamos e o balanço de fim de ano pode não ser positivo, arrastando tarefas incompletas para o futuro.

Ainda que esse tal balanço não seja dos melhores, porém, também é hora de rever os métodos utilizados para atingir (ou não) os objetivos traçados. É claro que não há uma receita de sucesso, porque contamos, invariavelmente, com as imprevisibilidades da vida, mas aprimorar a maneira de tocar os dias é tarefa inesgotável.

Pessoalmente, um dos meus maiores problemas é a rotina e, embora trabalhe diretamente com tecnologia, devo dizer que nunca fomos as melhores amigas. Sou fã de um livro impresso, uma revista, uma agenda de papel e recados escritos à mão. Gosto de lista de compras feitas com caneta e receitas também. Até tentei me organizar com aplicativos que registram a rotina e emitem alertas, mas a verdade é que as formas que mais me atraem, ainda, são analógicas. “Old but gold” é uma tradicional expressão norte-americana que significa “velho, mas bom”, como, para mim, é o caso.

Várias técnicas podem ajudar na condução do cotidiano. Uma delas é o tal “tirar da frente” aquilo que aparece: veio uma tarefa, elimina. Veio outra, elimina também. O difícil é se lembrar de retomar alguma das atividades que, por algum motivo, não foi concluída. A memória, entre tanta coisa que surge diariamente, fica comprometida e falha. Quem nunca experimentou um lapso?
Foi para dar conta de todas as atividades e estabelecer prioridades que foi criada a matriz de Eisenhower. Uns dizem que a origem do nome é apenas uma homenagem ao 34º presidente dos Estados Unidos, Dwight D. Eisenhower. Outros afirmam que o diagrama foi criado pelo próprio. Independentemente da origem, o que vale é a usabilidade e a eficiência do mapa.

A matriz de Eisenhower consiste em dividir um quadrado em quatro partes iguais para classificar as atividades cotidianas por importância e urgência, como o desenho nesta página. O que for urgente e importante é prioridade e deve ser feito imediatamente. O que for importante, mas não urgente, deve ter o prazo pensado. Já o que for urgente, mas não importante, pode ser delegado a outra pessoa, inclusive. E a atividade nem urgente, nem importante, pode ficar para depois.

O esquema pode ser feito em um papel, à mão (como prefiro), ou virtualmente, em um smartphone ou computador. Não vou dizer que fica simples se organizar assim - talvez fique só menos complexo. Afinal, como dizem: complicar é fácil. Difícil é simplificar.  

Compartilhar: