Terror ao vivo

Terror ao vivo

Nesta semana, fomos surpreendidos na redação do Portal Revide com um vídeo publicado nas redes sociais por uma moradora de Ribeirão Preto. A publicação era uma transmissão ao vivo de um assalto a uma casa. Nas imagens, os acusados, que foram detidos pela Polícia Militar, apontam armas às vítimas, momentos antes de se entregarem aos policiais.

Segundo o Boletim de Ocorrência, a que o repórter Gustavo Ribeiro, do Portal, teve acesso, seis pessoas da mesma família foram feitas reféns durante a ação. A Polícia Militar foi chamada, cercou e casa e iniciou a negociação com os acusados. Ao todo, eram cinco integrantes da quadrilha: uma mulher que avisou sobre a chegada da PM, dois assaltantes que tentaram fugir antes da interação com os militares e outros dois que permaneceram e obrigaram uma das vítimas a transmitir ao vivo a ação. 

Mais de uma hora de conversa com os policiais, os acusados decidiram se entregar e, neste momento, solicitaram a publicação na rede social – talvez como forma de garantir segurança na saída, já que um dos assaltantes diz, na filmagem, que os policiais queriam matá-lo. 

Certamente, o caso de Ribeirão Preto, reacende o debate sobre a interferência da tecnologia e das ferramentas novas e modernas à disposição de todos nós – para o bem e para o mal.

Relatos históricos dão conta que, após a Primeira Guerra Mundial, Santos Dumont teria sido acometido por um forte sentimento de culpa, ao perceber que sua invenção havia contribuído para a realização do conflito que vitimou mais de 20 mil pessoas. 

Talvez a mesma culpa não acometa Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, no entanto, a reflexão sobre os rumos da humanidade, que caminha junto da tecnologia, deve ser recorrente. 

Costumamos dizer que o futuro é incerto, mas, talvez, tenhamos de mudar o contexto da frase. Tudo tem acontecido tão rápido que a incerteza está já no presente. Leia a reportagem completa sobre o caso no Portal Revide e faça sua própria reflexão. 

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