Testando

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Como você aparentaria, caso fosse uma estrela de cinema? Como seria o cartaz do filme da sua vida? Qual a palavra que te descreve? 

Como se fossem necessários os testes virtuais para encontrar as respostas — e como se essas respostas fossem representativas —, tornou-se febre, nas últimas semanas, a publicação das tais brincadeiras nas redes sociais que, supostamente, dizem muito sobre quem participa.

Até bate uma curiosidade para ver se o teste acerta quem é seu melhor amigo. Mas, como muita coisa nesse mundo, a brincadeira não é tão inofensiva quanto aparenta.

A polêmica sobre esses jogos virtuais cresceu após o boom do aplicativo russo FaceApp nas últimas semanas, propondo mostrar como seria o rosto do internauta no sexo oposto. 

Para participar da brincadeira, é necessário clicar no link do teste e conectar o Facebook ao aplicativo. A partir do login do usuário e do algoritmo usado pela plataforma para fazer as mudanças na face, a “mágica” acontece. Os problemas se tornam possíveis.Além de ter acesso à foto do perfil do usuário, o aplicativo também coletaria muitos outros dados: lista de amigos, preferências, páginas curtidas, e-mail e outras fotos.

O sigilo dessas informações não fica claro. Os dados podem ser compartilhados com empresas de publicidade, que passam a ter mais ferramentas para uma abordagem certeira ao internauta. Há especialistas em segurança na internet que dizem que esses elementos pessoais podem, até, ser vendidos para outras corporações.

Quem já participou do teste pode excluir o acesso dado, mas não há a garantia sobre o que já foi obtido pelo aplicativo. Por outro lado, o Facebook diz que há normas para tais brincadeiras e que a privacidade dos usuários é prioridade.

De qualquer maneira, parece mais seguro pedir para aquele amigo que entende de Photoshop mudar o seu rosto para você ver como seria no sexo oposto. Tem menos chances de seus dados ficarem expostos por aí. 

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