
Você é aquilo que você lê
Quem é usuário contumaz de plataformas digitais se depara, cada dia mais, com as chamadas fake news. O nome, ainda que popularizado em inglês, quer dizer algo que, em tradução literal, não deixa dúvidas sobre o seu significado: notícias falsas.
É cada vez maior o número de informações falaciosas que circulam pela internet – especialmente nas redes sociais. Existem, inclusive, sites que permitem o internauta criar sua própria notícia mentirosa: basta inserir um título, uma frase explicativa, e uma imagem. Pronto. O conteúdo está preparado para ser disseminado pela web. As proporções dos compartilhamentos podem ser avassaladoras.
Um estudo de dois professores de economia americanos, das universidades de Nova Iorque e Stanford, apontou a relevância das fake news para a eleição do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo a análise dos pesquisadores, histórias inventadas em favor de Trump foram compartilhadas cerca de 22 milhões de vezes mais do que as publicações em favor de sua concorrente, Hillary Clinton.
Não é preciso atravessar o continente para confirmar a dimensão das fake news. Em 2016, de acordo com o site Buzzfeed, notícias falsas sobre a Operação Lava Jato foram mais compartilhadas do que as verdadeiras. A reportagem mostra que, desde o início do ano passado, até o mês de novembro, as 10 principais notícias mentirosas sobre o assunto tiveram 3,9 milhões de compartilhamentos, enquanto as 10 principais notícias reais chegaram a 2,7 milhões.
Embora não exista receita certa para garantir a segurança acerca das informações que circulam pela rede, a dica principal antes de ler e compartilhar é checar a origem da informação. Qual o site que está reproduzindo aquele dado?
Em tempos modernos de informações desencontradas, vale a pena se ater a um conceito não tão novo: credibilidade. Conhecer a origem da notícia pode ser um indicativo de sua veracidade. Boa navegação!