Sabor e saber na cozinha

Sabor e saber na cozinha

 

Muito interessante o texto do Murilo Pinheiro que cita Mário Cortella descrevendo a idéia de processos como fazer pamonha e o desfrutar das relações afetivas.
Trabalhar com emagrecimento no consultório tem sido para mim um exercício de associação da ciência da nutrição com os significados afetivos que cada um dos pacientes trazem no seu hábito alimentar. É um exercício que fascina.

Cito abaixo pequenos trechos de uma crônica de Rubens Alves para apreciação :

Vamos, prove, veja como está bom..." Palavras que não transmitem saber, mas atentam para um sabor”
Não há palavra que possa ensinar o gosto do feijão ou o cheiro do coentro. É preciso provar, cheirar, só um pouquinho, e ficar ali, atento, para que o corpo escute a fala silenciosa do gosto e do cheiro. Explicar o gosto, enunciar o cheiro; para estas coisas a Ciência de nada vale; é preciso sapiência, ciência saborosa, para se caminhar na cozinha, este lugar de saber-sabor.

Cozinha: ali se aprende a vida. É como uma escola em que o corpo, obrigado a comer para sobreviver, acaba por descobrir que o prazer vem de contrabando. A pura utilidade alimentar, coisa boa para a saúde, pela magia da culinária, se torna arte, brinquedo, fruição, alegria. Cozinha, lugar dos risos...

 

Saboreie o texto na íntegra: https://www.releituras.com/rubemalves_cozinheiras.asp

 

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