A arte de ajudar

A arte de ajudar

No palco do mundo globalizado onde muitos tem acesso ao compartilhamento de informações, encontramos um grande berço de especialistas. Digo, teóricos cheio de certezas e, claro, boas intenções em ajudar os outros.

Não coma isso, faça isso, o caminho certo é esse, para ser isso você precisa disso, enfim, verdades e mais verdades microscópicas. 

É tanta dica, tanta gente especialista que às vezes até confunde!

Quantas lideranças fazem a mesma coisa com o intuito de ajudar. Entretanto, cada um vê a partir de uma perspectiva, traz consigo uma bagagem da própria experiência e uma programação mental criada pelo própria sistema.

Quem está certo? Depende da perspectiva, depende do nível de consciência...e quanto mais alta, mais se chega a conclusão de que todos estão certos, assim como ninguém está certo!

Certo ou errado é um julgamento do ego, esse pequeno e falso eu que existe em cada um e que adora ter razão. O ego tem tanta fascinaçao pelo saber que é capaz de se convencer de tantas "certezas".

E é tão sutil essa vontade de saber, de estar certo, de ajudar os outros...que eu sou a primeira pessoa que leio ou escuto o que falo para os outros.

Sim, eu também estou na lista! Na lista dos seres humanos, daqueles que querem ajudar, daqueles que se alegram quando tem razão, daqueles que escrevem coisas como 5 atitudes ou 3 dicas para melhorar sua liderança ou qualquer outra coisa. 

A intenção é a melhor possível. Sei e sinto o quanto que me realiza colocar me a serviço do outro. O que adianta ter um hardware lotado de informação, conhecimento e experiências se não imprimimos uma folha para ajudar alguem?

E quem disse que os imperfeitos não podem ajudar?

Quando olho para minha humanidade e reconheço minha sombra e vulnerabilidade e digo para mim mesmo: "tudo bem Monica, faz parte." Confesso que me invado de uma auto-compaixão que me traz paz e, ao contrário do que eu achava no passado distante, não acomoda minha vontade de evoluir e melhorar. 

Quero acertar, quero saber, quero ajudar... demorei muito para idenficar a voz do meu ego. (ele quer tanta coisa!) Mas, uma coisa é buscar perfeição e assinar o atestado de frustração, outra coisa é fazer acontecer e buscar a excelência como um processo de evolução.

A auto-exigência e  a certeza do saber são duas mejeras que alimentam o cego juíz interno que adora ficar no trono da verdade julgando os outros, dizendo o que fazer e te colocando para baixo com críticas destrutivas.

Então, segue minha dica: tenha coragem de ser um autêntico ser humano em evolução.

Afinal, estamos todos no mesmo barco e não tem ninguém melhor que ninguém! Lembre-se que somos todos especialistas... da própria vida, mas e daí? Vamos ajudar!

Descubra o perfil de lideres que exercem a liderança servidora: https://www.elos360.com.br/artigos/qual-o-perfil-de-um-lider-que-exerce-a-lideranca-servidora

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