Por que algumas pessoas não conseguem crescer?

Por que algumas pessoas não conseguem crescer?

O crescimento faz parte de um processo de desenvolvimento que envolve todos os seres vivos. Mas por que, as vezes, este ciclo tão natural não acontece? Por que, algumas pessoas ficam estagnadas em algum estágio da sua própria vida?

Podemos entender o movimento de crescer como: ampliar a consciência, expandir fronteiras, superar o medo do desconhecido, ultrapassar as barreiras, desapegar de verdades do passado, entre outros. Na prática, ele é visto em ações como trabalhar, sair da casa dos pais, ter família, lutar por aquilo que necessita ou ama, etc.

A estagnação é, portanto, o contraponto do crescimento. E, do ponto de vista sistêmico, representa a morte. Vida, por sua vez, é movimento e este implica força. Ora, um simples ficar de pé já exige força interna e muscular para vencer a força da gravidade. Enquanto uns se arrastam para andar com dificuldade e fraqueza, outros caminham com altivez e segurança. Bem, outros se deixam levar pela horizontalidade de algum sofá ou cama.

 

Crescer exige vontade e força. 

 

A mariposa precisa romper o casulo para sair para a vida. A força que ela faz ajuda a se transformar em borboleta e levar o sangue do seu corpo para as suas asas, conseguindo, assim, voar. Aquelas borboletas que não se esforçaram (por terem alguém para facilitar a vida!), simplesmente não conseguem voar. E olha que isto não é história, mas pesquisa em laboratório e com direito a comparação com partos normais e cesárias. 

O esforço ajuda, portanto, no fortalecimento e na construção da autonomia e independência. Quem não se esforça ou acha que é obrigação do outro eliminar as dificuldades ou prover de facilidades, simplesmente, não cresce. Pior, além de ficar regredido e preso no próprio mundo umbilical, emburrece e não reconhece o valor do outro.

Quem acha que é obrigacão, não consegue sentir gratidão. Quem não consegue respeitar a autoridade, não consegue elaborar sentimentos mais complexos como o amor e a compaixão.

Quantos sofrimentos foram criados em nome do amor! O amor maduro exige o esforço de ver o outro crescer, amadurecer e pagar o preço de suas próprias escolhas.

Evitar o sofrimento dos filhos é, portanto, enfraquecê-los para a vida. E Isto não significa em oferecer o sofrimento à eles, mas deixar que eles enfrentem naturalmente dificuldades, frustrações e consequëncias de suas escolhas e comportamentos. Somente com a própria experiência é que conseguirão se fortalecer e amadurecer.  Ter dó, desta forma, é um dos piores sentimentos que os pais ou os líderes poderiam sentir. A dó não só revela a descrença de que o outro tem recursos e capacidades para superar como alimenta o processo de vitimização e imaturidade.

Enfim, existe o amor que enfraquece e o amor que fortalece. Enquanto o primeiro tenta eliminar o sofrimento, este último revela o sofrimento de quem ama e, por amor, permite que o outro aprenda com o próprio sofrimento. Semelhante aquele líder que não aguenta o tempo de seu colaborador e faz a atividade para ele, muitos pais acabam fazendo o que o filho deveria fazer: romper seus próprios casulos e enfrentar suas próprias dificuldades.

Simples assim, mas difícil demais para quem ama muito ou tem o coração fora do peito.

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