A ética do futebol

A ética do futebol

A paixão do brasileiro pelo futebol se mantém cada vez mais viva e os fatos que envolvem o esporte transcendem ao campo de jogo. Neste final de ano, essa emoção deve crescer com a reta de chegada de campeonatos importantes. Já ocorreu a final da Copa do Brasil e faltam poucas rodadas para o término do Campeonato Brasileiro. A final da Libertadores, em jogo único, será no dia 29 de outubro, em Guayaquil, no Equador. A decisão será entre dois times brasileiros, Flamengo e Atlético paranaense.  Logo após o término dessas competições, começa a 22ª Copa do Mundo. O Brasil estreia no Catar no dia 24 de novembro, quinta-feira, às 16h, horário de Brasília, contra a Sérvia.

 


O interesse do público se reflete numa temporada com estádios cheios e a transmissão ao vivo pela TV, aberta e fechada, de todas as partidas dos principais campeonatos, sem contar os incontáveis programas esportivos que repercutem os jogos. Mas a relação espectador/espetáculo, no que se refere ao futebol, não encontra motivos para muitas alegrias. Refletindo de certa forma a violência que ocorre na sociedade, proliferam nos campos de futebol cenas de malandragem explícita, manifestações racistas, falta de ética e desrespeito por parte de jogadores, dirigentes e torcedores. Já faz um tempo que a qualidade das transmissões esportivas dos principais campeonatos viraram espetáculos de cinema com mais de 20 câmeras que captam em detalhes todos os lances de uma partida. Muitos jogadores e técnicos parecem que ainda não perceberam essa marcação das câmeras e continuam simulando contusões e agressões. Joga-se sob o império da malandragem que começa pela “cera” do goleiro do time que está ganhando e chega ao jogador que demora uma eternidade para sair de campo, desde que o seu time esteja na frente do placar.

 


Nas suas entrevistas, o técnico da Seleção Brasileira Tite repete insistentemente que se deve jogar para vencer com lealdade, não a qualquer preço. Infelizmente, não é o que se tem visto. Os jogadores dos principais times brasileiros não têm noção da grandeza do esporte dos quais são protagonistas e deveriam se comportar como artistas de um grande espetáculo, que é sinônimo de paixão popular. A Copa que se aproxima será mais uma oportunidade que terão para aprender que se pode jogar bem e vencer sem malandragem. 

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