Cartas na Mesa

Cartas na Mesa

A menos de dois meses das eleições, estão definidos os candidatos a prefeito e a vereador em Ribeirão Preto. A boa notícia é que apesar do desgaste que a política sofreu nos últimos anos, muita gente nova se lançou na disputa, tanto à Câmara Municipal quanto à Prefeitura. Serão estreantes na eleição para prefeito, a ex-reitora da USP, Suely Vilela (PSB), o promotor aposentado Antonio Alberto Machado (PT), o coronel Luis Henrique Usai (PRTB), a escritora Cristiane Flamartino Bezerra (MDB), o advogado Vanderley Caixe Filho (PCdoB), o vereador Lincoln Fernandes (PDT), Rodrigo Junqueira (PSL) e Gérsio Baptista (PMN). O professor Mauro Inácio (PSOL), Fernando Chiarelli (Patriota) e Emilson Roveri (Rede Sustentabilidade) já participam de eleições anteriores. O prefeito Duarte Nogueira (PSDB) tentará a reeleição. Ribeirão Preto terá 12 candidatos a prefeito, um número mais do que suficiente para representar todas as correntes de pensamento.

Ao eleitor cabe a difícil tarefa de escolher entre os novos postulantes e os candidatos que já participaram de outras disputas, aquele que reúne as melhores condições para gerenciar a cidade. Não pode se deixar enganar pelo populismo barato, pelo discurso fácil e pelas soluções mirabolantes que aparecem nas campanhas eleitorais. Ribeirão Preto permanece com problemas muito sérios para resolver como os reflexos da crise econômica no período pós-pandemia e o comprometimento elevado da receita para pagamento de despesas fixas e do funcionalismo. A cidade precisa de novos recursos para investir, principalmente saúde. Na sua história, Ribeirão Preto já sentiu na pele e no bolso as consequências de escolhas equivocadas, elegendo representantes corruptos que desviaram milhões de reais dos cofres públicos.

Mais do que nunca, é preciso ficar atento. Em meio à pandemia, a campanha eleitoral será curta, fortemente influenciada pela internet e pelas redes sociais. Nesse campo poluído pelo excesso de informações, com um debate raso, fica muito difícil diferenciar propostas e estabelecer discussões mais profundas. Essa superficialidade na tomada de uma decisão política, para algo tão importante, pode ter um custo muito elevado. A história já comprovou isso.

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