
Considerações Finais
Esta é a última edição do ano da Revide. Para quem circula semanalmente com 46 mil exemplares e possui um público estimado em 220 mil pessoas fica difícil ter a dimensão do seu próprio universo. Isso sem falar das pessoas que estão acessando o portal e acompanhando a revista de plagas distantes pela internet. Assim, apelando para o linguajar típico da administração de empresas, os “stakeholders” da revista, os agentes envolvidos e que também são partes interessadas, interagem constantemente e intensamente com o veículo através de muitos canais. Compõem essa verdadeira simbiose de informações os leitores, os anunciantes, os jornalistas, os assessores de imprensa, os publicitários, os fornecedores e os parceiros. Antigamente, a forma mais usual de contato era o tête-à-tête, uma conversa de rua em que o leitor aproveitava a oportunidade para emitir opiniões. No mundo virtualizado, essa forma de interação cedeu espaço para os e-mails, a Central de Atendimento e as mídias sociais.
Tanto no sentido literal quanto no figurado, uma revista com média de quase 100 páginas por semana não brota da concepção de uma única mente ou do trabalho de poucas mãos. Trata-se de um produto multifacetado, resultado do olhar do fotógrafo, do texto do jornalista, da criação do publicitário e da visão do diagramador. Até a simpatia do entregador conta ponto para a aceitação do produto.
No Brasil, os mais renomados economistas e especialistas em administração costumam dizer que a simples sobrevivência empresarial já é um bônus. A Revide terminou o ano bem avaliada por uma pesquisa do Ibope que retratou a opinião desse universo, que consegue ao mesmo tempo ser tão próximo e tão desconhecido. Em cada Natal e em cada Ano Novo, cabe reverenciar esse sábio desconhecido que inventou o ano. Para quem consegue pôr a regra em prática, o período de 365 dias é um tempo perfeito para aproveitar bem a vida, em etapas, curtindo uma emoção de cada vez. Os 12 meses também são suficientes para fechar um ciclo de trabalho e rever o que por ventura não deu certo. Nas lides da vida, pouco adianta ser rico ou poderoso, o que acontece durante um ano, na maior parte do tempo, foge do controle do pobre mortal. O determinante na vida de uma pessoa não é o que acontece com ela; o que faz a diferença, para melhor ou para pior, é a capacidade que cada um tem de reagir diante das desditas que, volta e meia, a vida prega.
Na virada do ano, no meio da tradicional troca de presentes e das festas, é preciso espanar as nuvens que deixam o ambiente fumacento. Os mais recônditos desejos e as principais aspirações se escondem atrás dessa cortina. A desanuviada serve para clarear o horizonte. Quem realmente sabe o que quer, tem mais chances de vencer os obstáculos que se apresentam pelo caminho. Um salutar 2012!