De 20 para 21

De 20 para 21

A tão esperada virada de ano chegou. O 2020 ficará marcado como um ano de triste memória por causa da inédita pandemia. A principal vantagem da globalização, a circulação rápida e com poucas barreiras no mundo inteiro, foi justamente o principal fator que impulsionou a disseminação da doença. Em pouco tempo, o vírus surgido na China chegou a todos os continentes, impondo uma paralisação econômica e social sem precedentes. Um dos bens mais valiosos do mundo moderno, o petróleo chegou a ter valor negativo por alguns dias. Entre os dados mais trágicos da pandemia, ficaram 1,8 mortos no mundo inteiro, quase 200 mil só no Brasil. 

A humanidade deu a sua resposta. Em menos de um ano surgiu uma dezena de vacinas que já estão sendo aplicadas em vários países. Ao contrário do que se imaginava no começo, uma crise curta e temporaria, a nova situação fará parte da nossa realidade por muito tempo, provavelmente pelo ano de 2021 inteiro. 

Pela incompetência governamental, o Brasil largou atrás na vacinação e ainda não tem um plano de imunização bem organizado. Questões elementares como a compra de seringas ainda não foram resolvidas. 

A pandemia ainda revelou uma face sombria e atrasada dos que apostam no negacionismo contra a ciência. Milícias digitais, algumas até financiadas com dinheiro público, chegaram ao absurdo extremo de colocar em dúvida a eficácia das vacinas. Os anos são inocentes e não têm culpa de nada. Não são responsáveis pelo que acontece de bom ou de mau. O que faz a diferença no mundo são as atitudes das pessoas, uma corrente invisível e infinita que produz resultados. Assim, para que 2021seja melhor que 2020, eu e você temos um desafio. Precisamos ser mais humanos, mais solidários, mais inteligentes do que fomos no ano que terminou. Muita gente não acredita nisso, mas todos nós podemos fazer a diferença na pequena fração de mundo que nos cerca.

Compartilhar: