Fechou e não reabre

Fechou e não reabre

No final do ano passado, a Prefeitura anunciou um projeto orçado em R$ 15 milhões para o restauro dos museus Histórico e do Café, fechados em 2016 depois que os prédios apresentaram problemas estruturais.

Construído no início da década de 50, o Museu do Café Francisco Schmidt guarda a mais importante coleção de peças do Estado de São Paulo sobre a história do café. Fazem parte do acervo esculturas, carros de boi, troles, máquinas de beneficiamento, além de fotos do período áureo na região de Ribeirão Preto. O Museu Histórico e de Ordem Geral Plínio Travassos dos Santos abriga seções de artes, etnologia indígena, zoologia, geologia e numismática.

Situação semelhante enfrenta o Teatro de Arena depois que a construtora que venceu a licitação para revitalização do espaço cultural abandonou a obra em maio de 2021, alegando desequilíbrio financeiro. O Teatro de Arena Jaime Zeiger completará 53 anos em 2022, a última reforma ocorreu em 2013, mas durante os últimos anos tem sido alvo de inúmeros furtos de fiação e rede elétrica. Peças de louça, maçanetas e até o elevador para pessoas com necessidades especiais foram furtados. Está fechado desde 2016. A inatividade do Parque Roberto de Mello Genaro é ainda mais longa. A área, fechada em 2013, completa longos nove anos sem que a população tenha acesso.

Abandonado a própria sorte, o Parque oferece riscos para os moradores do entorno. Embora hoje existam sistemas de monitoramento por câmeras, a Prefeitura não consegue cuidar dos espaços públicos e no decorrer dos
anos precisa gastar recursos para recuperar essas áreas mais de uma vez. Todos esses espaços são importantes para cidade, seja para o fomento do turismo, para a preservação da história da cidade e para a educação das novas gerações.

Infelizmente, nos últimos anos esses espaços nobres têm permanecido mais tempo fechados do que abertos, isso que Ribeirão Preto ostenta o portentoso título de “Capital da Cultura”.

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