Mantendo o otimismo
Murilo Pinheiro
17 Jan 2022 12:27
O fim de ano passou num piscar de olhos e nos deparamos com a realidade de 2022. Precisamos ser otimistas, embora uma olhada rápida para o noticiário cause preocupação. Melhor tentar esquecer as tragédias que se repetem a cada começo de ano. Uma das notícias impactantes destes primeiros dias de janeiro foi a temida volta da inflação de dois dígitos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 10,06%, o maior desde 2015 (10,67), de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O consumidor brasileiro ainda nem havia entrado no clima do Ano Novo e a Petrobras já anunciou um aumento no preço dos combustíveis. Se a inflação geral dos preços foi de 10%, a dos combustíveis foi quatro vezes maior. O índice acumulado de 2021 chegou a 45%, o que provoca um forte impacto negativo na economia. No final das contas, o que interessa para o consumidor é o preço final na bomba. Pode ir se preparando para pagar quase R$ 7,00 pelo litro da gasolina. Assim não tem otimismo de Ano Novo que aguente.
Com a inflação em alta, o dobro do que seria a razoável meta de 5%, o governo vai recorrer à velha fórmula de aumentar os juros para esfriar o consumo. Com juros altos, a economia não cresce no ritmo que o país precisa e já tem economista projetando, neste comecinho de janeiro, que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será zero em 2022. Mas o Ano Novo está aí e só começando e nem tudo está perdido. A esperança sempre se renova, principalmente quando se observa a quantidade de pessoas vacinadas no país. O Brasil se encaminha para alcançar 75% da população vacinada com a primeira e a segunda dose. Nenhum país tão populoso possui esse indicador, apesar das fake news, da onda negacionista, da insanidade de algumas autoridades e agora da nova onda da gripe. Se as crianças forem vacinadas, esse percentual ainda subirá. Com a vacinação em massa, os efeitos da Covid 19 e suas variantes estão sendo minimizados. Uma demonstração inequívoca de que o povo tem sido mais sábio do que os governantes.
