A neurose do isolamento

A neurose do isolamento

A longa convivência com a pandemia do coronavírus impactou o comportamento das pessoas, alterou o estado emocional e criou dúvidas em relação à forma de agir diante de uma doença perigosa que entra no sexto mês. Aumentaram os casos de ansiedade e depressão, sem falar das sequelas que a doença está deixando. As reações mudaram muito à medida que o tempo passou. No começo, muita gente achou que a mídia exagerava ao revelar o grave risco que a SARS-Covid 19 representava à saúde mundial. “Não é para tudo isso”, diziam alguns. Rapidamente, a epidemia se espalhou e os casos foram se multiplicando nos cinco continentes. Países e governantes que desdenharam da pandemia e que não adotaram medidas preventivas lá no começo foram obrigados a retroceder e estão pagando caro, com milhares de vidas perdidas pela irresponsabilidade e pela imprevidência. Brasil e Estados Unidos estão inclusos nesse grupo.

Especialistas em saúde pública alertaram que quando não há uma diretriz oficial clara e uníssona, as pessoas tendem a adotar o comportamento que mais se adequa ao seu modo de pensar e agir. A pandemia virou uma questão política com divisões radicais, algo que poderia ser evitado. Se não fosse por isso, as formas de prevenção até seriam consensuais. Afinal de contas, o coronavírus ataca a todos, independentemente do sexo, raça ou posição social. Do ponto de vista individual, o longo isolamento dividiu a população em três grandes grupos. No primeiro, ficaram aqueles que logo identificaram o coronavírus como uma doença grave, capaz de colocar a vida em risco. Esses adotaram o afastamento radical. O segundo grupo foi formado pelos que não desconhecem a gravidade da doença, mas que decidiram correr “riscos calculados” em função da necessidade de garantir o sustento ou para abrir um respiro no isolamento. No terceiro pelotão estão aqueles que ignoraram todos os avisos, seja por desconhecimento ou por convicção. Não acreditam nos riscos oferecidos pelo vírus. Fazem parte desse segmento B, os anticorpos (imunoglobulinas), as células T e as células de memória, capazes de guardar o segredo para destruir o invasor em caso de reinfecção. Nesse ambiente conturbado com vários problemas sociais, econômicos, políticos e psicológicos, a informação se tornou relevante à medida que oferece respostas embasadas para que cada pessoa decida sobre o próprio comportamento. Há seis meses, os meios de comunicação não falam de outro assunto, mesmo assim o grau de desinformação surpreende. Mesmo com mais de 100 mil mortos tem gente que simplifica a questão: “quem morre, não adoece”. Hoje, já existem inúmeros relatos de pessoas contando que os familiares morreram por terem ignorado a doença. A chave para enfrentar este momento tão difícil passa por uma palavra relacionada ao universo da saúde denominada sanidade, no caso em questão estendida às necessidades físicas e mentais. Essa condição se tornou fundamental para não se expor a riscos desnecessários e garantir a própria sobrevivência até que uma vacina chegue. os jovens em sua maioria e aqueles que desde o início classificaram a Covid 19 “como uma gripezinha” corriqueira.

O tempo passou e as mortes, que antes eram estatísticas distantes, foram chegando mais perto. Hoje, todo mundo conhece alguém que passou mal ou que morreu de Sars-Covid 19. Os comportamentos mudaram em função disso e também pelo longo tempo de confinamento. Para complicar ainda mais este cenário já bastante confuso, com o abre e fecha das atividades econômicas, houve uma enxurrada de informações falsas que se espalharam pela internet e pelas redes sociais. A complexidade no enfrentamento à Covid-19 refletiu até mesmo na própria divisão da categoria dos médicos com relação ao tratamento do coronavírus. Os profissionais adotaram tratamentos divergentes para a nova doença sobre a qual ainda existem muitas dúvidas e incertezas. Sem pretender substituir o papel dos doutores da medicina, cada cidadão precisou encarnar o papel de médico para decidir a própria conduta e a sua relação com familiares, amigos e pessoas da sua convivência.

O conhecimento sobre a nova enfermidade não é uma tarefa fácil para um leigo. Envolve as formas de contaminação, sintomas, vacinas e a questão fundamental da imunidade, que explica porque algumas pessoas não sentem nada e outras morrem. Nesse capítulo se torna necessário conhecer as células B, os anticorpos (imunoglobulinas), as células T e as células de memória, capazes de guardar o segredo para destruir o invasor em caso de reinfecção. Nesse ambiente conturbado com vários problemas sociais, econômicos, políticos e psicológicos, a informação se tornou relevante à medida que oferece respostas embasadas para que cada pessoa decida sobre o próprio comportamento. Há seis meses, os meios de comunicação não falam de outro assunto, mesmo assim o grau de desinformação surpreende. Mesmo com mais de 100 mil mortos tem gente que simplifica a questão: “quem morre, não adoece”. Hoje, já existem inúmeros relatos de pessoas contando que os familiares morreram por terem ignorado a doença. A chave para enfrentar este momento tão difícil passa por uma palavra relacionada ao universo da saúde denominada sanidade, no caso em questão estendida às necessidades físicas e mentais. Essa condição se tornou fundamental para não se expor a riscos desnecessários e garantir a própria sobrevivência até que uma vacina chegue.

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