Rock sem fronteiras

Rock sem fronteiras

Os festivais carregam uma mística que envolve a música, o amor entre as pessoas, os sonhos e a rebeldia. Foi assim em tempos passados, nos anos 60 e 70, quando esses grandes encontros de bandas influenciavam a moral e os costumes da sociedade. Os tempos são outros, mas depois da entressafra da pandemia, os festivais voltaram com força para resgatar a filosofia da paz e do amor. 


Ribeirão Preto pode se orgulhar de ser uma das poucas cidades do país que há 20 anos tem um festival que reúne 70 mil pessoas para ouvir 32 bandas, sem violência, num clima festa, paz e harmonia. A cidade ainda ganha uma robusta contrapartida econômica com os empregos temporários, os hotéis, os bares e os shoppings lotados. Tem ainda centenas de ambulantes que conseguem uma renda-extra, esparramados em pontos estratégicos do lado externo do parque. São 14 horas de música com uma variedade de gêneros e estilos para agradar todos os gostos. Sobem no palco a velha guarda da Música Popular Brasileira, os grupos que estão despontando na cena musical até as bandas de rock que atravessam gerações. 


Mesmo que os estilos sejam muitos diferentes, a música não tem fronteiras e o João Rock vira palco de encontros e de homenagens memoráveis. A roqueira Pitty homenageou Rita Lee cantando “Ovelha Negra”. Do alto dos 80 anos, Gilberto Gil é um baiano de alma leve que parece imune aos efeitos do tempo. Ainda teve muita diversão com roda gigante, tirolesa, parede de escalada e pista de skate com a presença do skatista mineirinho. A edição de 2023 apresentou como novidade a estreia do palco Aquarela que reuniu apenas atrações femininas. Essa diversidade está registrada no DNA do João Rock.

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