Roda da literatura

Roda da literatura

A produção literária no Brasil enfrenta obstáculos históricos, alguns parecem intransponíveis. Nos últimos tempos, as livrarias de ruas fecharam e hoje a venda de livros físicos está praticamente restrita aos shoppings. Em cidades médias e pequenas já não existem mais livrarias. As poucas empresas que comercializam livros no Brasil enfrentam graves dificuldades financeiras e algumas se encontram em processo de recuperação judicial.

 

O sistema educacional, do ensino básico ao nível superior, não tem conseguido impulsionar a formação de novos leitores. Com isso se forma um círculo vicioso que mantém o Brasil entre os países com menor média per capita de livro por habitante. De acordo com a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, o brasileiro lê em média 5 livros por ano, enquanto que nos países mais avançados esse número chega a 12. Com poucos leitores, as tiragens de livros são pequenas e sem os ganhos da impressão em escala o preço encarece. Poucos escritores no Brasil podem sobreviver da literatura. O livro que vende 20 mil exemplares já é considerado best seller.

 

A mudança desse quadro passa pelas novas gerações e a formação de leitores. Por isso, a iniciativa da professora de Língua Portuguesa do Ensino Médio do Colégio Marista, Lucyenne Bexiga Silva, de reunir escritores da cidade incentiva os estudantes a descobrirem o valor da literatura. Mediado por Melissa Ferreira, proprietária do sebo e livraria,  Degustadora de Histórias, participei do encontro com os escritores Alexandre Solano, Davi de Lima Sá, Luís Fernando Stuchi, Paulo César Vieira e Luiz Puntel. Como dizia o poeta Mário Quintana, “os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”.

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