Tempo de atenção
Murilo Pinheiro
19 Jan 2021 10:33
O ano de 2021 começou com um misto de preocupação e de esperança. Apesar dos atrasos e das brigas políticas desnecessárias, diante da gravidade da situação, a vacinação está cada vez mais próxima, mesmo que a quantidade de doses seja insuficiente para imunizar grande parte da população. O Estado de São Paulo pode se considerar privilegiado por possuir o Butantan, um instituto centenário com renome internacional reconhecido pela comunidade científica. Por sinal, o Butantan hoje é dirigido por Dimas Covas, um professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, nascido em Batatais.
Essas informações são importantes no momento atual para combater o desconhecimento e o preconceito de parte da população contra a eficácia da vacina e a sua procedência chinesa. Os estudos que garantem a eficácia de todas as vacinas estão sendo exaustivamente apresentados na mídia. Hoje, o Butantan já possui 6 milhões de vacinas prontas para serem aplicadas e mais 4 milhões em processo de fabricação, enquanto aguarda a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todo mundo que se enquadrar nos critérios de prioridade deve se vacinar o mais rápido possível. O importante é que a Coronavac reduz o número de mortes, de internações e de casos graves.
Ao mesmo tempo em que a vacinação está próxima, a epidemia recrudesceu embalada pelas festas de fim de ano. Ribeirão Preto se aproxima dos 1.000 óbitos, em São Paulo já são quase 50 mil mortes no total com média diária de 200 óbitos. O Brasil perdeu mais de 200 mil vidas. No mundo inteiro, a Covid 19 matou quase 2 milhões de pessoas. O Brasil é o segundo país com maior número de mortes. Em Ribeirão Preto, a tendência é de alta no número de casos. A taxa de ocupação das UTIs subiu mesmo a com abertura de novos leitos. A UPA da 13 de maio voltou a centralizar o atendimento dos casos de coronavírus. Até o prefeito Duarte Nogueira foi infectado pela doença que atinge a todos indistintamente. Todos esses indicadores demonstram que os próximos três meses serão decisivos para o início do processo de imunização e a redução do número de mortes. A saúde pública precisa ser um compromisso de todos os cidadãos.
