Vinte e dois vereadores bastam

Vinte e dois vereadores bastam

Depois de uma longa e tenebrosa espera, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a validade da lei orgânica do município que determina 22 vereadores para a Câmara de Ribeirão Preto. Agora, o STF deverá especificar quando a decisão entrará em vigor, provavelmente na eleição de 2020. A sentença vai ao encontro do momento atual da conjuntura política e econômica em que o poder legislativo municipal, por exemplo, goza de baixíssima credibilidade perante a opinião pública. Além dos inesgotáveis episódios da Sevandija, ainda tem o elefante branco do anexo e os penduricalhos que vira e mexe vêm à tona, sem contar o uso da estrutura pública em benefício próprio. Por um corporativismo óbvio, os vereadores da atual legislatura tendem a defender a manutenção das 27 vagas para as próximas eleições. O presidente Rodrigo Simões abre a possibilidade de que seja feita uma emenda à lei orgânica. O vereador Fabiano Guimarães, que já liderou a campanha “20 vereadores bastam”, hoje diz que é preciso “avaliar a qualidade da atual legislatura”. Com a devida data vênia, não há nada que indique que a Câmara atual é melhor do que as anteriores. Velhas práticas permanecem camufladas e só são sustadas quando denunciadas pela imprensa ou impostas pelo Ministério Público. Ao contribuinte, interessa enxugar a máquina pública e melhorar a representatividade através de uma seleção mais intensa e mais rigorosa. Com 22 vereadores, Ribeirão Preto economiza e fica bem representada.

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