A ascensão da geração Y

A ascensão da geração Y

Os jovens da geração Y, que geralmente abrange a faixa etária dos nascidos nos anos 1980 até o fim dos anos 90, estão assumindo a função de gestores nas organizações. Isso implica em um desafio não somente para esses novatos na liderança, mas principalmente para as organizações, que precisam se adaptar ao estilo de uma geração bastante distinta de sua predecessora.

No início, as empresas relutaram em dar muito crédito à questão geracional. Depois de um tempo, no entanto, perceberam a relevância da questão. Dificilmente as empresas podem contar com um universo de força de trabalho que não seja da geração Y. Ela precisa recorrer aos jovens de alguma forma. É uma sequência natural da sociedade.

Uma pesquisa feita para a quarta edição do Guia Você S/A – As Melhores Empresas para Começar a Carreira, realizada em parceria com a Fundação Instituto de Administração (FIA) e Cia de Talentos, ouviu a opinião de 12.443 jovens de 77 empresas, de um total de 100 inscritas, e chegou à conclusão de que o diálogo aberto é o que segura os novos profissionais interessados em evoluir na carreira a empresas que buscam resultados.

Uma das mudanças que estão mais a vista, em relação à geração Y, diz respeito à flexibilização de horários e melhor adequação aos objetivos pessoais e profissionais. Muitas empresas já aderiram ao chamado Short Friday (sexta-feira curta), ou ao home office. A Siemens e a Alcoa são exemplos disso, as grandes empresas de tecnologia, como Google e Facebook, também deixam os funcionários sem amarras aos horários, mas cobram resultados constantes.

A grande discussão entre os gestores de RH é como selecionar profissionais que tenham atitude e compromisso, e não apenas formação acadêmica e exigências de flexibilidade. A busca é por um profissional que tenha mais resiliência e consiga suportar um ambiente mais hostil, características nem sempre encontradas na geração Y. Porém, se antes a empresa nem sequer pensava em ceder a exigências como horários flexíveis, canal aberto de comunicação com a alta diretoria e informalidade no trato com superiores, isso agora mudou. Essa é a parte em que as organizações estão dispostas a ceder, para em contrapartida cobrar resultados dos mais jovens.

As empresas estão aprendendo a dialogar com os jovens e entenderam que ceder em alguns pontos para cobrar em outros pode ser o caminho. Para os líderes, fica a missão de compreender no que os mais jovens podem contribuir para o negócio. “Essas pessoas têm, de alguma forma, algo a ensinar para os mais velhos”, comenta Eduardo Migliano, co-fundador do site 99Jobs.

Fonte: Revista Administrador Profissional / Ano 37 / nº 338

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