Bernaberto: o técnico ideal

Bernaberto: o técnico ideal

Caso fosse jogador de vôlei, qual técnico preferiria que o comandasse: o Bernardinho, da seleção masculina, ou o José Roberto, da seleção feminina? Ambos são técnicos de sucesso, que já obtiveram resultados expressivos no cenário mundial do vôlei. Porém, possuem perfis de liderança totalmente diferentes. Dentro da ciência da Administração, há dois perfis antagônicos que um líder pode adotar: o democrático e o autocrático.

Ao observarmos a postura do José Roberto durante os jogos da seleção feminina, podemos perceber que tende mais para o perfil democrático, também chamado de líder orientado para as pessoas. Tal tipo de líder esforça-se para dar aos funcionários um ambiente de trabalho agradável, não exercendo cobranças excessivas e pressões constantes, pois acredita que seus subordinados se conscientizarão por si mesmos da necessidade de atingir as metas que definiu.

Por outro lado, ao observarmos a postura do Bernardinho durante os jogos da seleção masculina, podemos perceber que tende mais para o perfil autocrático, também chamado de líder orientado para as tarefas. Tal tipo de líder está focado apenas nas metas que devem ser atingidas, não se preocupando com as ansiedades e problemas pessoais dos subordinados, abrindo pouco espaço para ouvir suas opiniões.

Surge então uma dúvida: qual perfil o líder deve adotar? O líder orientado para as tarefas, por ser muito rigoroso, pode acabar sendo odiado por seus subordinados. O líder orientado para as pessoas, por permitir muito e cobrar pouco, passará ser considerado o “chefe bonzinho” e poderá perder o poder de comando sobre seus subordinados. Diante dessa realidade, alguns autores sugerem o estilo de liderança situacional, ou seja, o líder não precisa adotar um perfil único. Ele pode ser democrático em algumas situações e em outras não, dependendo do que a situação ou momento exigir.

Portanto, caso eu fosse um jogador de vôlei, preferiria ser comandado pelo “Bernaberto”, um técnico que, dependendo da situação, soubesse ouvir a opinião e “passar a mão na cabeça” dos seus subordinados. Porém, quando fosse necessário, também soubesse “gritar” com seus subordinados para que as metas fossem efetivamente cumpridas.

 

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