Carinho e courinho

Carinho e courinho

Tanto em nossa vida profissional quanto pessoal, um de nossos maiores desafios é a forma como devemos lidar com as pessoas que estão sob nosso comando. Dentro da ciência da Administração, há dois perfis antagônicos que um líder pode adotar.

De um lado, há o líder orientado para as tarefas, ou seja, aquele que está focado apenas nas metas que devem atingidas pela empresa. Normalmente, quem adota este perfil não está muito preocupado com as ansiedades e problemas pessoais dos funcionários, tornando-se um líder pouco democrático e nem um pouco preocupado em escutar as opiniões dos subordinados.

De outro lado, há o líder orientado para as pessoas, ou seja, aquele que se esforça para dar aos funcionários um ambiente de trabalho agradável. Tal tipo de líder adota um perfil democrático, não exercendo cobranças excessivas e pressões constantes, pois acredita que seus subordinados se conscientizarão da necessidade de atingir as metas impostas pela empresa.

Surge então uma dúvida: qual perfil devemos adotar? O líder orientado para as tarefas, por ser muito rigoroso, acaba sendo odiado pelos subordinados. O líder orientado para as pessoas pode passar a ser considerado o “chefe bonzinho”, que tudo permite e nada cobra, perdendo o poder de comando sobre os subordinados. Diante dessa realidade, alguns autores sugerem o estilo de liderança situacional, ou seja, o líder não precisa adotar um perfil único, pode ser democrático em algumas situações e em outras não, dependendo do que a situação ou momento exigir.

A teoria do “carinho e courinho” também vale para a educação dos nossos filhos. Devemos ser enérgicos em algumas situações críticas, utilizando o “courinho” para fazer com que eles atinjam objetivos importantes. É importante lembrar que “courinho” não significa bater na criança, pois palavras duras e posturas firmes têm um impacto muito mais forte que a violência. Os filhos, assim como os colaboradores subordinados a um gestor, devem respeitar os pais, não temê-los. Por outro lado, não podemos esquecer de lhes dedicar “carinho”, principalmente quando conseguem vencer os pequenos e grandes desafios que a vida lhes impõe.
 

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