Chefe “gente boa”: vantagens e desvantagens

Chefe “gente boa”: vantagens e desvantagens

A figura do líder autoritário já foi comum. Muitas empresas eram comandadas por pessoas que exerciam modelos de liderança centralizadores e rígidos. Atualmente, como os tempos são outros, muitos chefes buscam ser “gente boa” com seus subordinados. Porém, se por um lado parece maravilhoso ser querido pelo seu time, por outro, existem impactos negativos da camaradagem. Na sequência, são apresentadas vantagens e desvantagens de assumir tal perfil.

DESVANTAGENS
Pega para si as tarefas que deveria delegar: ele pode fazer isso por diferentes razões, como aliviar a equipe ou até para mostrar que é um chefe que “põe a mão na massa”. Contudo, quanto mais o líder assumir tarefas dos seus liderados, menos tempo ele tem para desenvolver a equipe – e maiores são as chances de ficar estressado. O chefe deve dar o exemplo, mas também autonomia para que a equipe experimente as tarefas, aprendendo com os erros e crescendo com os acertos.
Nem sempre é bem visto pelos clientes ou pela empresa: às vezes, um chefe que tenta ser camarada pode não levar seu time a grandes desafios. Porque protege a equipe de maneira excessiva. E a imagem que passa para quem está fora do time, pode ser a de alguém que não age com a energia diante de um profissional mais fraco.
Passa a mão na cabeça por saber da vida pessoal do funcionário: ao ter contato com um problema pessoal de um colaborador, este chefe pode tomar suas dores, em vez de orientar. O ideal não é resolver o problema, mas ajudar a pessoa a encontrar o caminho para obter ajuda. Não dá para ‘pegar no colo’, isso só se faz com filho. A relação profissional é diferente.
As críticas que dá não são bem recebidas: uma das grandes dificuldades em ser um líder assim é que os funcionários nem sempre estão preparados para ouvir algo negativo dele, mesmo que necessário. Só que dar feedback e desenvolver alguém não se faz dizendo o que o outro quer ouvir, mas, o que precisa ouvir para crescer.


VANTAGENS
É conectado com a equipe: a base de qualquer relacionamento é a conexão, sem isso é complicado buscar resultados. Criar conexões sólidas gera confiança, dizem os especialistas. A confiança não fecha negócio, mas, sem ela, é muito difícil começar uma negociação.
Dá autonomia para a equipe: deixar que as pessoas atuem com liberdade em determinados momentos potencializa as competências individuais. É também uma maneira de dar à equipe o que os americanos chamam de ‘ownership’, que é dar a sensação de propriedade, de ser dono do negócio que está tocando, o que aumenta a responsabilidade e o comprometimento.
Enxerga no que cada funcionário é bom: as pessoas não são boas em tudo e o gestor gente boa sabe disso. Mas ele consegue potencializar as qualidades, fazendo até com que o funcionário se torne referência naquilo. Segundo os especialistas, o bom líder empodera as pessoas, permite que os talentos sejam explorados e, ao mesmo tempo, consegue harmonizar para que não haja disputa dentro da equipe.
Ele sabe o que cada um faz: como está mais próximo dos liderados, este chefe tem a chance de acompanhar de perto o desenvolvimento do trabalho. Assim, consegue reunir um número maior de informações para construir estratégias que beneficiarão a todos.

Fonte: Carolina Prado e Gabriela Guimarães <https://estilo.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2017/10/31/os-pros-e-contras-de-ser-um-chefe-legal.htm>
 

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