Coworking: dividir para somar

Coworking: dividir para somar

Uma das tendências do mundo do trabalho, que surge neste início de século, é o compartilhamento. Portanto, a otimização do espaço físico nas grandes cidades é cada vez mais necessária. Justamente por isso, o coworking vem crescendo. Para fugir do aluguel caro e da alta manutenção e para ter uma localização adequada, surgiram espaços compartilhados entre várias empresas, que podem servir tanto de estações de trabalho como locais para reuniões estratégicas.

Esse sistema é novo no Brasil (os primeiros espaços surgiram há cerca de cinco anos) e pode servir para empresas ou para profissionais autônomos que não pretendem abrir um escritório nesse momento. Tâmara Ferri Juliani, sócia da Link2u, escritório de coworking em São Paulo, afirma que esse tipo de sistema de trabalho já deixou de ser uma tendência e se tornou uma realidade para os profissionais. “O coworking acabou se tornando uma opção prática e econômica para quem precisa de um espaço e não pode ou não quer dispor do dinheiro para alugar uma sala”, afirma Juliani.

“Não apenas o coworking, mas toda a economia de compartilhamento vem crescendo muito. O compartilhamento gera inúmeros benefícios, sendo mais óbvio o financeiro, porque quanto mais pessoas dividem os custos, mais dinheiro sobra para investir em outras atividades”, afirma Fernando Aguirre, um dos responsáveis pela Coworking Brasil. “No Brasil, quase 95% das empresas são de micro e pequeno porte e possuem dificuldade para pagar aluguel ou ter uma sede, como as grande companhias”, comenta o administrador Jorge Aoni.

O coworking pode ter como concorrente não só os escritórios tradicionais, mas também o home work, aqueles que trabalham em casa. “O coworking está tomando lugar do home work, já que não tem alguns problemas como um telefone que toca ou os filhos que chamam, pois esse tipo de interferência pode ser prejudicial ao trabalho. Isso faz com que o escritório compartilhado seja uma grande opção para as pessoas”, afirma Aoni.

Ao contrário das perspectivas pessimistas que rondam a economia no Brasil, o setor de coworking espera uma grande crescimento para 2016. Tâmara Ferrari Juliani acredita que a tendência vista no ano passado se mantenha. “Esperamos que 2016 seja melhor que 2015. Nós tivemos de nos adaptar ao crescimento da procura por parte de pequenas empresa e profissionais autônomos. A fase do Brasil favorece o negócio do coworking, já que as pessoas ficam um pouco mais reticentes e inseguras em alugar um espaço e ter que arcar com grandes períodos de aluguel”, afirma Juliani.

Fonte: Revista Administrador Profissional – Ano 39 – nº 355

 

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