Cuidado, assédios podem doer no bolso

Cuidado, assédios podem doer no bolso

As mulheres que me perdoem, mas, se para elas o assédio sexual no trabalho é um problema, para os homens é um sonho. As pessoas um pouco mais velhas devem se lembrar do filme Assédio Sexual, gravado em 1994, onde a atriz Demi Moore fez o papel de uma executiva que assediou sexualmente seu subordinado, interpretado pelo ator Michael Douglas.

Quando assisti a tal filme, fiquei com vontade de matar o Michael Douglas, pois ele não aceitou o assédio da Demi Moore. Quase vinte anos se passaram e eu ainda fico inconformado quando lembro! Deixando o machismo e as brincadeiras de lado, é óbvio que o problema do assédio sexual é muito sério e afeta muito mais as mulheres que os homens, devendo sempre ser denunciado.

Por outro lado, há outro tipo de assédio, sofrido constantemente por homens e mulheres no ambiente de trabalho, trata-se do assédio moral. Este tipo de assédio é caracterizado quando um profissional é humilhado, xingado ou exposto ao ridículo pelo seu chefe.

Há algum tempo, este problema vem trazendo preocupação às empresas americanas e européias. No Brasil, ele passou a ser tratado com mais seriedade a partir de 2002, quando foi emitida a primeira sentença no país condenando uma empresa pelo crime de assédio moral contra um empregado. Segundo o Wikipedia, não há em nosso país uma lei específica para assédio moral, porém, as ocorrências podem ser julgadas por condutas previstas no artigo 483 da CLT.

Não é preciso lembrar aos empresários e executivos que processos por danos morais envolvem cifras astronômicas; portanto, devem pensar duas vezes antes de tratarem seus funcionários da mesma forma como os sargentos tratam seus soldados no exército, pois, um dia, isto poderá doer muito no bolso, caso tais funcionários se sintam lesados moralmente e entrem com um processo contra a empresa.

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