Educação Financeira: Ação de Responsabilidade Social Corporativa

Educação Financeira: Ação de Responsabilidade Social Corporativa

Atualmente, o tema educação financeira tornou-se alvo de grandes discussões e está em pauta em diversos setores da sociedade. Apesar de ser um tema de alta relevância, nas últimas décadas, não estava recebendo a devida importância.

Sabe-se que, para se construir uma base sólida de educação, deve-se começar pela infância. Graças às discussões sobre o tema, o Governo Federal introduziu, em 2020, a matéria de educação financeira como disciplina obrigatória no ensino infantil e fundamental, de acordo com Conselho Nacional de Educação (CNE).

Espera-se que, com isso, melhore o nível de educação financeira das crianças e adolescentes. Porém, como melhorar a educação financeira dos adultos que não tiveram oportunidade de aprender, na escola, conceitos sobre como lidar com o dinheiro?

A ausência de educação financeira resultou em indicadores desastrosos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Pisa – Programa Internacional de Avaliação de Alunos, em 2018, o Brasil ficou na posição 17 dos 20 países avaliados no que se refere as competências financeiras.

Com a correria do dia a dia, está cada vez mais difícil as pessoas sentarem para ler um livro ou um artigo sobre qualquer assunto, mesmo que seja algo do seu interesse, que dirá sobre finanças, algo tão distante da realidade das pessoas. Diante dessa realidade, acredita-se que as empresas poderiam contribuir com esse processo, fornecendo conceitos de educação financeira à sociedade.

Ao adotarem ações relacionadas ao fomento da educação financeira, as empresas estão exercendo sua Responsabilidade Social Corporativa, que é definida pela Fundação Instituto de Administração (FIA) como práticas relacionadas a melhor qualidade de vida dos colaboradores e da comunidade local de uma determinada organização.

Apesar de existirem, de acordo com o Instituto Ethos, cerca de 803 ações de educação financeira implantadas por empresas, ainda existe no Brasil um déficit grande de pessoas com dificuldades básicas para realização de cálculos matemáticos e com pouco conhecimento sobre assuntos financeiros, como empréstimos, financiamentos e inflação.

Diante desse cenário, é preciso que as empresas se conscientizem do importante papel que podem exercer em prol da sociedade ao implantarem ações que fomentem a educação financeira, começando pelos seus próprios colaboradores, pois pessoas capazes de gerir seus recursos de forma consciente são mais produtivas, têm a sensação de felicidade mais aflorada, tornam-se mais proativas e desempenham suas atividades com mais tranquilidade, pois sentem-se economicamente ativas, pertencentes a sociedade como um todo.

Vários países desenvolvidos já entenderam a relevância do papel da educação financeira, pois constataram que ter uma vida financeira saudável está intrinsicamente ligado ao desenvolvimento econômico, ao combate à pobreza, a fome, as desigualdades sociais e aos impactos no meio ambiente.

Fonte: este texto reflete a opinião do autor e algumas conclusões do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) elaborado pela aluna Marina Capacle Morais, como exigência para conclusão do curso de pós-graduação lato sensu em Controladoria e Finanças do Centro Universitário Moura Lacerda.
 

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