Em busca da empresa dos sonhos

Em busca da empresa dos sonhos

Afinal, quais são as empresas que os jovens, a média gestão e alta liderança sonham em trabalhar? Esta pergunta foi respondida pela pesquisa anual realizada pela Cia de Talentos (Grupo DMRH) “Empresa dos Sonhos dos Jovens” que, depois de 15 anos, ganhou cara nova e maior abrangência. E o que se descobriu foi que sete das empresas dos sonhos estão presentes no ranking dos três públicos participantes da pesquisa. Assim, Ambev, Google, Itaú, Natura, Nestlé, Petrobras e Unilever fazem parte das aspirações dos três públicos ouvidos.

“O principal motivo da indicação do Google, por exemplo, é a possibilidade de desenvolvimento profissional. Há a clareza de que universidade nenhuma, em qualquer lugar do mundo, consegue formar um profissional 100% preparado para o mercado de trabalho. Então essa experiência é fundamental para construir uma boa base e desenvolver carreira internacional, trabalhar com o que gosta e ter desafios interessantes”, afirma Maira Habimorad, CEO da Cia de Talentos – empresa do grupo DMRH.

Habimorad explica que os padrões estão morrendo e que a linha que separa vida pessoal e profissional está cada vez mais apagada. “Se sucesso profissional está relacionado com ter paixão pelo que fazemos, separar a vida profissional da vida pessoal torna-se um desafio cada vez maior”. Ela ressalta que, “por outro lado, os três públicos nos contaram que estão em busca de uma vida mais equilibrada”.

Um grande desafio para as companhias, atualmente, é ajustar a forma como cultivam a lealdade entre jovens nascidos após 1982 e que compõem a geração “Millenial” ou correm o risco de perder uma grande parcela de sua força de trabalho. Este é um dos principais resultados da 5ª edição da “Millennial Survey”, organizada pela Deloitte. O levantamento contou com cerca de 7.700 profissionais, sendo 300 no Brasil.

As questões em torno do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, o desejo de flexibilidade de horários e de escolhas no ambiente de trabalho, bem como as diferenças em torno dos valores das empresas com os seus valores pessoais, estão influenciando as opiniões e os comportamentos desta geração. Preocupações a respeito da falta de desenvolvimento de habilidades de liderança também foram muitas vezes expressos por aqueles que consideram mudanças de carreira em curto prazo. A maioria – 72% no Brasil e 63% no mundo – afirma que as organizações em que atuam não possuem recursos para que eles possam desenvolver habilidades de liderança. A sócia da área de Talent da Deloitte, Renata Muramoto, aponta que as aspirações desta geração no Brasil estão em linha com os dados globais da pesquisa e reforça a importância de as empresas estarem atentas às suas aspirações. “Esta é uma transformação sem volta no mercado de trabalho e, em pouco tempo, os millennials formarão a maior parte da força de trabalho”, reforça Muramoto.

Fonte: Revista Administrador Profissional / Ano 37 / nº 360

 

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