Esportes versus desempenho no trabalho

Esportes versus desempenho no trabalho

É cada vez maior o número de empresas interessadas em ter seus funcionários em atividades esportivas. Para ratificar essa afirmação, pode-se utilizar como exemplo o Itaú-Unibanco, que mantém uma série de modalidades esportivas para os funcionários, como um campeonato próprio de futebol que reúne anualmente cerca de mil colaboradores em São Paulo, além de outras ações para os diversos perfis, como futsal feminino, corrida, natação e kart. De acordo com a empresa, mais de 17 mil funcionários participaram de algum projeto institucional de atividade física no primeiro semestre de 2013.

“Colaboradores saudáveis, naturalmente, produzem mais e melhor. Incentivamos a adoção de uma alimentação equilibrada, exercícios e a atingir o peso desejado de forma saudável, impactando positivamente sua saúde, felicidade e produtividade”, comenta Sérgio Fajerman, diretor de RH do Itaú-Unibanco.

Segundo Nelson Pratti, coordenador do grupo de excelência em Administração Esportiva do CRA-SP, a empresa que se preocupa em manter seus funcionários saudáveis dá um único tiro e acerta em dois alvos: o retorno em satisfação e integração dos mesmos e a economia para a empresa em encargos de benefícios e menor tendência de doenças.

Não existem milagres. O treinador Mario Mello, especialista em acompanhamento esportivo de executivos, ressalta a importância de uma análise prévia do perfil dos colaboradores para decidir quais modalidades serão alvo de investimentos. Mello enfatiza o papel da paciência e regularidade para se atingir a excelência, tal como acontece no universo corporativo. “Ninguém fica em forma em dois meses, não dá para avançar além do que o corpo é capaz de suportar no momento. Mesmo assim, é melhor uma pessoa ativa, tentando melhorar, do que parada”, comenta o especialista.

A moleza está ficando para trás entre os líderes. Um levantamento do hospital Sírio-Libanês feito com 7,4 mil executivos mostra uma redução de 40% no número de sedentários ao longo de quatro anos de estudo. Porém, de acordo com Danielli Haddad Syllos Dezen, médica responsável pelo Centro de Acompanhamento à Saúde do Sírio-Libanês, os executivos com acesso a exames e check-up mais sedentários são aqueles com menos de 50 anos. “Os mais jovens estão mais preocupados em trabalhar muito e em se firmarem na carreira. A preocupação com a saúde e qualidade de vida não é prioridade na atribulada rotina destes profissionais”, afirma Danielli.

Fonte: Revista Administrador Profissional – n° 328

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