Falta de educação financeira: o embrião da inadimplência

Falta de educação financeira: o embrião da inadimplência

De acordo com Marsílea Gombata, em matéria para o Valor Investe, a aceleração da inflação desde o segundo semestre do ano passado fez o número de inadimplentes crescer em 4,6 milhões. Atualmente, ao menos 66,8 milhões de consumidores não conseguem honrar o pagamento de suas contas e dívidas. Em agosto de 2021, último mês antes de a inflação chegar a dois dígitos, esse total era de 62,2 milhões de brasileiros, segundo dados da Serasa Experian.

“O número atual é recorde, e esse crescimento é observado com força em dívidas com as financeiras, mas também em serviços básicos, como água, luz e no varejo. Economistas atribuem o aumento de inadimplentes à alta inflacionária e à aceleração dos juros, que faz o endividamento total crescer. Em agosto de 2021, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) anual chegava a 9,68%. Passou a 10,25% em setembro. Desde então o total de consumidores que atrasam o pagamento de contas vem crescendo”, comenta Gombata.

Segundo Leonardo Grapeia, em matéria para o Jornal Empresas & Negócios, parte considerável da população está desempregada e outra parcela atua na informalidade, condições que, por vezes, levam os cidadãos a tomarem empréstimos com juros exorbitantes ou a entrarem em dívidas que os tornam inadimplentes.

“Por conta da falta de educação financeira perpetuada em nosso país, é fácil compreender como tanta gente assume dívidas impagáveis, comprometendo seu futuro financeiro. A maioria ignora o efeito brutal dos juros compostos, presentes nas dívidas do cartão de crédito e do cheque especial, por exemplo”, afirma Grapeia.

É importante ressaltar que a tomada de crédito tem que ser uma solução e não a ampliação de um eventual problema financeiro. Uma alternativa para estancar a bola de neve que se cria é buscar negociações com cada credor ou em alguns casos acessar empréstimos pessoais, com juros mais baixos, para o pagamento das dívidas dos cartões.

No entanto, comenta Grapeia, a minimização desses riscos passa pelo consumo consciente como parte fundamental de uma boa educação financeira, especialmente em função da relação entre o consumo e a perda de controle das finanças pessoais. O consumo por impulso leva a uma necessidade de fontes de crédito de custo mais alto, como cheque especial e cartão de crédito e a um nível de comprometimento de renda acima do que é considerado saudável no mercado brasileiro. “O consumo consciente e a educação financeira nunca foram tão importantes para o brasileiro da vida real”, avalia Grapeia.

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3) Aperfeiçoar o relacionamento com os bancos;

4) Aprender a elaborar e utilizar uma planilha orçamentária;

5) Descobrir como utilizar as ferramentas de consumo de forma eficaz;

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