A força do franchising frente à crise

A força do franchising frente à crise

A Associação Brasileira de Franchising (ABF) apurou um crescimento nominal de 7,6% na receita do setor no 1º trimestre deste ano, comparado ao mesmo período de 2015. O faturamento de R$ 31,331 bilhões subiu pra R$ 33,709 bilhões. Fatores como o aumento de custos, a retração do mercado consumidor e a escassez de crédito impactaram o setor, que rapidamente reagiu para preservar seu faturamento.

O setor registrou ainda um índice de expansão de 2,9% em unidades de franquia em relação ao ano de 2015, totalizando 141.254 unidades. A variação do número de unidades no período representou um incremento de 2.911 novas operações de franchising no Brasil. Ainda de acordo com o levantamento, 108 novas marcas ingressaram no franchising brasileiro neste primeiro trimestre do ano, elevando o total de 3.073 redes no ano passado para 3.181, em março de 2016.

“O franchising é um setor que aplica indicadores de desempenho e os acompanha constantemente, tomando medidas para preservar sua operação. E foi isso o que ocorreu no primeiro trimestre. Frente a um cenário dos mais desafiadores, as redes buscaram alternativas, das quais destacamos promoções, campanhas de incentivo, revisão de mix de produtos, renegociação com fornecedores, identificação de novos mercados e até o desenvolvimento de novos modelos de negócios”, afirma a presidente da ABF, Cristina Franco. Ainda segundo a presidente, o ticket médio do franchising se adéqua melhor ao bolso do brasileiro, especialmente em um período de restrição orçamentária.

Já no acumulado de 12 meses, a receita do setor variou positivamente 7,9%. A variação em 12 meses é um indicativo da consistência do desempenho do setor frente a cenários adversos. “A natureza colaborativa do franchising, em que ambas as partes buscam conjuntamente o desenvolvimento do negócio, confere maior resiliência ao nosso sistema. Somos um dos últimos setores a entrar na crise e um dos primeiros a sair. A capacidade de inovação também é outro fator chave. Mesmo em nosso atual momento, novos negócios e novos empreendedores continuam a movimentar o setor”, observa Cristina Franco.

“Mesmo que de forma mais conservadora, notamos que as redes mantêm seus planos de expansão, buscando, inclusive, mercados menos explorados e pontos comerciais em melhores condições. Também notamos um crescente interesse por modelos mais compactos ou que demandam menor investimento inicial”, afirma Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da ABF. “Por outro lado, no Brasil, grandes marcas, nacionais e internacionais, continuam a adotar o franchising como um meio de expandir seus negócios de forma mais rápida, segura e com menor necessidade de capital próprio”, completa Tieghi.

Fonte: Revista Administrador Profissional / Ano 39 / nº 359

 

Compartilhar: